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Celebridades

Arte e mensagem

Protagonista de “Segunda Chamada”, Débora Bloch considera o trabalho como um dos mais especiais que já fez no vídeo

Por GERALDO BESSA - TV PRESS

22 de novembro de 2023, às 09h17

Para Débora Bloch, há muitas formas de se posicionar politicamente. Por afinidade e necessidade, ela geralmente busca mostrar suas ideias e opiniões através da arte. É por isso que protagonizar a série “Segunda Chamada”, que estreou em agosto sua segunda temporada na Globo, serviu como uma alerta a questões importantes como o acesso à educação e ainda homenageia a dura rotina dos professores.

“Tenho muito orgulho desse trabalho e o considero um dos mais especiais que fiz no vídeo. Porque é uma série sobre educação, que fala sobre o Brasil real, e na qual faço uma professora, para mim a profissão mais importante de todas”, avalia a intérprete da perseverante Lúcia, professora de Português da fictícia Escola Estadual Carolina Maria de Jesus.

Mineira de Belo Horizonte, aos 60 anos, Débora mantém sua curiosidade artística intacta, em uma trajetória voltada para a pluralidade de gêneros e tipos. Filha do ator Jonas Bloch e na tevê há mais de quatro décadas, ela conseguiu driblar o posto de mocinha de tramas como “Jogo da Vida” e “Sol de Verão” ao ser reconhecida por sua forte verve cômica em trabalhos como “Cambalacho” e no humorístico “TV Pirata”.

No início dos anos 1990, empolgada com a reestruturação do setor de teledramaturgia do SBT, saiu da Globo para protagonizar “As Pupilas do Senhor Reitor”. Na volta à emissora onde desenvolveu a maior parte de sua carreira, procurou por projetos mais diversificados e se destacou em produções como “Salsa e Merengue”, “Cordel Encantado”, e nas recentes “Onde Nascem os Fortes” e “Mar do Sertão”.

“Quando a gente faz o que gosta, tudo é diferente. Mantenho uma relação sadia e produtiva com a Globo. Quando acho que já fiz de tudo um pouco, chega algum convite maravilhoso e inusitado como ‘Segunda Chamada’. Eu vou só aproveitando!”, empolga-se.

O que esse tema agregou ao processo de preparação do elenco?

Leituras e ensaios foram a nossa base, mas a novidade foi a pesquisa e os encontros para conhecer a realidade da população em situação de rua. Tivemos palestras com pessoas que trabalham com essa população e também conversamos com algumas pessoas que vivem nessas condições. Aprendi muito com esse processo, sinto que fui transformada por ele.

Em que sentido?

“Segunda Chamada” é um trabalho bastante realista. A série aborda o assunto sem preconceito ou julgamento, que é como acredito que deve ser tratado. Essas pessoas se tornam invisíveis para a sociedade, são desumanizadas e isso precisa ser mudado. Aprendi muito fazendo essa temporada e lidando com esse tema. E espero, do fundo do meu coração, que as pessoas em situação de rua se sintam representadas.

A segunda temporada chegou à Globo dois anos depois da exibição no Globoplay. Qual foi a importância dessa estreia para um público maior?

Foi uma oportunidade única e que me deixou muito feliz. A primeira temporada foi exibida primeiro na Globo e tivemos um retorno muito emocionante dos professores e do público em geral. Muita gente se identificou e sentiu representado, e isso não tem preço para um artista.

De que forma este trabalho impactou sua trajetória?

É desses trabalhos raros que reúne texto e direção geniais. O considero um dos mais especiais que já fiz na televisão. É uma série sobre educação, que fala sobre o Brasil real. Senti uma grande responsabilidade em representar uma professora. A figura do educador tem muita força. Conheci muitos durante o processo de preparação, e meu respeito e admiração só aumentaram.

Duas temporadas completas no Globoplay.

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