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Celebridades

A hora é agora

Bárbara Colen é noveleira desde a adolescência, mas só estreou em um folhetim aos 35 anos, em “Quanto Mais Vida, Melhor!”

Por Márcio Maio - TV Press

29 de janeiro de 2022, às 10h19

Bárbara estreou na tevê em 2018, no especial de final de ano “Dia de Reis”, da Globo Minas, no qual interpretou a protagonista Dora - Foto: Divulgação

Para muitos atores, as novelas foram as primeiras referências em artes cênicas. Com Barbara Colen foi assim. Por isso mesmo, esta mineira de 35 anos comemora sua estreia no gênero. Uma experiência que chegou até tarde para ela, como intérprete da sofisticada Rose de “Quanto Mais Vida, Melhor!”, novela das 19h da Globo. “Eu nunca tinha feito novelas, mas tinha muita vontade. A teledramaturgia é o carro-chefe do Brasil, dominamos com maestria essa linguagem. Acho que qualquer ator brasileiro precisa ter contato com ela”, analisa Bárbara, que vai além. “Atores da minha geração cresceram vendo novelas. Até a adolescência, eu era muito noveleira”, assume.

Talvez por esse contato como telespectadora, Bárbara garante que não teve grandes dificuldades na hora de se entregar às gravações intensas de um folhetim. “Foi surpreendente perceber o quanto eu já trazia na memória essa linguagem, sem nunca ter feito”, conta.

Outro fator, porém, a atraiu nessa aventura em uma nova experiência. “É fascinante o alcance que as novelas têm no Brasil. Essa possibilidade de ver seu trabalho chegando a milhões de espectadores é comovente. A sensação de estar se comunicando com um grupo enorme de pessoas, de várias regiões e classes sociais, me traz uma satisfação imensa”, pontua.

Mesmo assim, Bárbara sabe que o autor Mauro Wilson e o diretor artístico Allan Fiterman se arriscaram com a escalação dela para “Quanto Mais Vida, Melhor!”. Por isso, não se cansa de agradecer pela oportunidade que lhe foi dada. “É um papel tão especial! Cuidei da Rose com todo amor e carinho. É muito emocionante poder ter uma primeira experiência em um contexto tão horizontal, de tanta liberdade”, avalia.

Além de se sentir à vontade para conversar com os dois sempre que achou necessário, Bárbara também se encantou com a chance de contracenar com pessoas que já acompanhava há décadas. “Todos os colegas foram incríveis. Encontrei um ambiente muito saudável na televisão. É um prazer contracenar com a Elizabeth Savala, o Marcos Caruso e a Ana Lúcia Torre”, valoriza.

Em “Quanto Mais Vida, Melhor!”, Rose é uma mulher que abandonou a carreira de modelo de sucesso há muito tempo. Mas, de repente, se viu com um desejo incontrolável de se dedicar a alguma coisa, de se sentir útil. E foi justamente Joana, personagem de Mariana Nunes, que apareceu como essa inspiração. A médica, na verdade, nutre um amor por Guilherme, marido de Rose, papel de Mateus Solano.

“Joana é uma profissional que Rose olha, admira e fica encantada com o projeto social dela. São duas mulheres que se unem e conseguem fazer um projeto juntas. Isso é muito legal de ver, ainda mais na novela”, defende.

Além das dificuldades por ter um marido ciumento e possessivo, Rose também convive com o fantasma de uma relação que, por mais que desejasse demais, não conseguiu ser consumada. Na juventude, ela se envolveu com o craque do futebol Neném, interpretado por Vladimir Brichta. Agora que o antigo amor reapareceu em sua vida, depois de sofrer um acidente de avião junto com Guilherme, ela passa a questionar ainda mais sua vida.

“É um triângulo dificílimo! De um lado, está um casamento de quase 20 anos, uma casa, um filho, e o Guilherme, com quem Rose se sente muito segura e cuidada. De outro, essa paixão do passado, um encontro curto, mas lancinante. A memória desse caso é muito presente”, pondera.

Nos passos da moda
Para encarnar uma ex-modelo, Bárbara resolveu beber em uma fonte com a qual já está familiarizada: o cinema. Afinal, ela se tornou conhecida do público depois de participar de longas como “Aquarius”, lançado em 2016, e “Bacurau”, de 2019. Então, produções conhecidas do público se tornaram referências para construir Rose. “Procurei ver muitos filmes a respeito desse universo. Tanto de ficção quanto de documentário. Como ‘Blow Up’, ‘O Diabo Veste Prada’, ‘Franca: Chaos and Creation’ e ‘Coco Antes de Chanel’, entre outros”, exemplifica.

Além disso, o romantismo que Rose carrega, apesar da crise no matrimônio, também influenciou essa criação. “Quando se interpreta uma mocinha de novela, é preciso buscar um equilíbrio entre as qualidades de alguém que é bom e que acredita nas pessoas com uma força e integridade, para que a personagem não fique rasa ou ingênua”, frisa. Nesse aspecto, foi em colegas de profissão que Bárbara resolveu se inspirar. “Existem várias atrizes que conseguem fazer isso muito bem. Porém, como estética e para o tom da personagem, a Gisele Bündchen foi o principal referencial. Até mesmo para o conceito do figurino”, diz.

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