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Illis

Alunos da Fatec criam game para combater feminicídio

Illis, que significa 'por elas', em latim, utiliza conceito de realidade aumentada em que cenário interage com livro

Por Governo do Estado de São Paulo

17 de fevereiro de 2020, às 09h23 • Última atualização em 17 de fevereiro de 2020, às 14h52

Dois alunos do curso superior tecnológico de Jogos Digitais da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Carapicuíba estão desenvolvendo um game em realidade aumentada para despertar a consciência sobre a necessidade de combater a violência contra as mulheres.

Chamado de Illis, que significa “por elas”, em latim, usa como referências personagens de um livro. Eles “deixam” a obra para atuar na vida real, ou melhor, na vida “virtual”, e alertar sobre os perigos e desafios que cercam muitas mulheres.

Foto: Reprodução / CPS
Personagens do game Illis, desenvolvido por alunos da Fatec Carapicuíba

Os idealizadores do jogo são os estudantes Tayla Caroline Dantas e Mario Henrique Silva, que apresentaram o game no final de 2019 como trabalho de conclusão de semestre na faculdade. Tayla conta que a proposta surgiu como uma forma de expressar o descontentamento dos alunos diante da escalada da violência.

“Presenciamos casos de agressões envolvendo mulheres conhecidas. Essas situações nos incomodavam, então resolvemos agir utilizando a ferramenta que trabalhamos no nosso dia a dia: a tecnologia”, conta.

Realidade aumentada

O game usa o conceito de realidade aumentada, em que o cenário interage com objetos da vida real por meio da câmera do celular. A trama envolve a história de duas personagens, Marie e John, protagonistas do livro Queimem as Bruxas, também redigida pelos estudantes.

“A dupla sai do livro e percebe que, após séculos de caça às bruxas, as mulheres ainda continuam sendo perseguidas sem nenhum motivo. A partir daí, o casal passa a fazer parte do jogo e precisa avançar pelos cenários salvando as vítimas de ataques dos inimigos”, explica Tayla.

Cada página do livro corresponde a uma aventura diferente. “A pessoa joga com a câmera do celular apontada para o livro. Ao virar a folha, o cenário muda junto”, diz.

Os inimigos terão formato de monstros com o objetivo de fazer um paralelo com a monstruosidade dos autores de feminicídio. “Utilizamos a linguagem figurada para chamar a atenção das pessoas para que possam intervir e denunciar os crimes”, afirma.

De acordo com os autores, o aplicativo com o jogo deve estar disponível para dispositivos com sistema Android ainda neste ano e o livro também poderá ser baixado gratuitamente na internet.

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