A estimulação mental é fundamental para o equilíbrio emocional e cognitivo de cães e gatos. Segundo a médica veterinária Mariana Agnese Bortolazzo, de Santa Bárbara d’Oeste, manter o cérebro dos pets ativo é uma forma eficaz de prevenir o tédio e evitar comportamentos destrutivos.

“A estimulação mental ajuda a manter os animais felizes, menos ansiosos e com maior capacidade de aprendizado”, explica a especialista.

Além de promover saúde emocional, a estimulação mental também contribui para o bem-estar físico. Atividades interativas não só envolvem o cérebro, mas também incentivam o exercício, melhorando a qualidade de vida dos pets. Para cães e gatos, os desafios mentais regulares resultam em animais mais equilibrados e saudáveis.

Portanto, é importante que os tutores fiquem atentos aos sinais de que o pet pode estar entediado ou estressado. De acordo com a veterinária, alguns dos comportamentos que indicam essa situação incluem: destruição de móveis ou objetos (como arranhar ou morder itens inadequados); vocalização excessiva (latidos ou miados constantes); letargia ou apatia; lambedura ou mordidas compulsivas no próprio corpo; mudanças nos hábitos alimentares (comer demais ou de menos); agressividade ou irritabilidade.

Brinquedos como aliados – Brinquedos interativos são ferramentas poderosas para manter a mente dos pets ativa. Para cães, Mariana recomenda brinquedos como quebra-cabeças com recompensas e bolas dispensadoras de petiscos, que combinam estimulação mental e física.

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Já para os gatos, os brinquedos que simulam a caça, como varinhas com penas e brinquedos automáticos, são extremamente eficazes.

“A principal diferença está na forma como cada espécie interage. Enquanto os cães preferem atividades que envolvem esforço físico e recompensas, os gatos são atraídos por brincadeiras que despertam sua natureza predatória”.

Além dos brinquedos, a veterinária destaca que atividades físicas e mentais são essenciais para prevenir o tédio e o estresse. Para os cães, ela sugere caminhadas regulares, jogos de esconde-esconde com petiscos ou brinquedos, que desafiam tanto a mente quanto o corpo.

No caso dos gatos, o enriquecimento ambiental é fundamental. Instalar arranhadores, prateleiras para escalada e esconderijos pode transformar o ambiente e estimular os felinos. Brincadeiras com lasers também são ótimas opções para imitar a caça e manter o gato ativo e mentalmente envolvido.

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Faça você mesmo. Nem sempre é preciso comprar brinquedos caros para garantir a diversão dos pets. Mariana sugere algumas ideias simples de brinquedos caseiros, como garrafas plásticas vazias com petiscos para cães, que devem ser roladas para liberar a comida. Para os gatos, caixas de papelão e sacolas de papel são opções adoradas e muito acessíveis.

Outras opções incluem meias velhas recheadas com catnip para gatos e cordas resistentes com nós para cães. “É importante sempre usar materiais não tóxicos e evitar peças pequenas que possam ser engolidas”, alerta Mariana.

Riscos à saúde. A veterinária ressalta que, se o tédio e o estresse não forem controlados, podem surgir problemas comportamentais graves, como agressividade e ansiedade.

No longo prazo, essas condições podem levar a distúrbios alimentares, como obesidade ou anorexia, além de problemas de saúde mental, como a depressão.

Outro risco é que o estresse prolongado pode enfraquecer o sistema imunológico dos pets, tornando-os mais suscetíveis a doenças. Portanto, estimular mentalmente cães e gatos não é apenas uma questão de diversão, mas de garantir a saúde e o bem-estar dos companheiros de quatro patas.