Atenção
Cuidado com os acidentes domésticos
Falta de cuidado e ambiente desprotegido favorecem eventos de maior e menor gravidades; crianças em idade pré-escolar são as principais vítimas
Por Débora de Souza
17 de fevereiro de 2020, às 14h24
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/bem-estar/cuidado-com-os-acidentes-domesticos-1150391/
Vovó já dizia: “uma casa silenciosa onde há criança(s) merece atenção”. As férias escolares, feriados prolongados e mesmo finais de semana podem representar uma grande dor de cabeça para os pais. isso porque os acidentes domésticos estão diretamente ligados a esses períodos, em que os pequenos ficam mais tempo em casa e, muitas vezes, expostos a uma infinidade de situações de risco.
Segundo o pediatra e coordenador do Pronto Socorro da Unimed de Santa Barbara d´Oeste e Americana, Marcos Sudario dos Santos, os acidentes mais comuns são quedas e traumas em geral (normalmente com ferimentos associados), queimaduras, choques elétricos e afogamentos.
Crianças em idade pré-escolar (2 a 7 anos) são as principais vítimas. “Cabe ressaltar que os acidentes, em geral na infância, são a maior causa de mortes e sequelas em crianças de 0 a 14 anos”, observa o especialista.
A falta de supervisão adequada é um dos motivos que favorecem tais situações. Além disso, características inerentes à criança tal como impulsividade e imaturidade para reconhecer situações de riscos, bem como o próprio ambiente físico, são fatores de maior vulnerabilidade para ocorrência desses acidentes e maior gravidade.
“Buscar por capacitar o território talvez seja a melhor solução, a fim de que uma análise mais minuciosa de todo o ambiente possa remeter a possíveis mudanças de prevenções”, diz Sudario. Ele sugere que os pais e responsáveis adotem algumas precauções de modo a proteger os filhos dentro de casa.
INTOXICAÇÃO
Para quem aproveita o tempo de folga para esticar até o litoral ou um hotel-fazenda com a família deve enfrentar outro fantasma: a intoxicação alimentar. Ela acontece por causa da ingestão de alimentos ou bebidas contaminados com microrganismos como vírus, fungos e bactérias.
Normalmente os sintomas envolvidos são vômitos, diarreia, dor abdominal e cólicas e, em alguns casos, febre associada. Uma vez o quadro instalado é necessário cuidados com a dieta da criança (pequenas porções e livre de leite e derivados, gorduras, frituras e industrializados). Ofereça água com frequência a fim de evitar quadros de desidratação e ajude o pequeno a manter repouso.
Assim como os acidentes domésticos, a intoxicação alimentar também pode ser evitada. Uma dica é conhecer a procedência do que irá oferecer aos filhos, bem como a maneira como foram preparados. Conhecer o local onde pretende realizar as refeições é essencial para a saúde.
Evite locais com higiene duvidosa e atenção aos “self-services” (a comida geralmente fica exposta por muito tempo sem refrigeração e aquecimento adequados).
“Atentem-se aos prazos de validade e procure manter uma higiene pessoal de forma adequada, mantendo as mãos sempre muito bem higienizadas”, acrescenta o pediatra.
Consultoria: Unimed de Santa Bárbara d´Oeste e Americana
Atitudes que protegem as crianças dentro de casa
– Mantenha o ambiente sempre bem iluminado, evitando deixar as crianças próximas a escadas e locais de pequenas dimensões;
– Dê preferência a móveis arredondados ou use proteção de silicone nos cantos pontiagudos;
– Evite tapetes e pisos escorregadios;
– Instale corrimão em todas as escadas da casa (independente do tamanho);
– Mantenha produtos de limpeza, cosméticos, bebidas alcoólicas, remédios e quaisquer outras soluções plausíveis de intoxicação guardados em armários altos e devidamente trancados;
– Mantenha martelo, serrote, alicate, furadeira, utensílios de cozinha, dentre outros, longe do alcance das crianças;
– Atenção com os pequenos na cozinha e banheiros (estes são locais de maiores acidentes domésticos);
– Evite deixar baldes, bacias e tanques de lavar roupas com água parada e ao alcance das crianças;
– Mantenha as tampas do vaso sanitário, piscinas e poços sempre fechados e sem acesso às crianças.
Fonte: Marcos Sudario dos Santos_ Unimed de Santa Bárbara d´Oeste e Americana