Bem-Estar
Como ajudar seu filho a lidar com as emoções que surgem na adolescência
Período de transição é marcado por intensas transformações físicas e também emocionais
Por Ana Carolina Leal
08 de julho de 2024, às 09h38 • Última atualização em 08 de julho de 2024, às 09h39
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/bem-estar/como-ajudar-seu-filho-a-lidar-com-as-emocoes-que-surgem-na-adolescencia-2204685/
O filme “Divertida Mente 2”, recentemente lançado pela Disney Pixar, oferece uma visão perspicaz sobre a adolescência através da história de Riley, uma jovem entre 11 e 12 anos. A animação explora como as emoções — alegria, medo, tristeza, raiva, nojinho, ansiedade, inveja, vergonha e tédio — influenciam suas experiências durante essa fase de transição para a vida adulta.
A adolescência é um período de intensas transformações físicas e emocionais, marcado pela descoberta da sexualidade e pelo desenvolvimento da identidade.
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De acordo com a professora de Psicologia do Centro Universitário São Camilo, Lydiane Fabretti, essas mudanças podem gerar desafios significativos para os jovens, influenciados também por práticas culturais e rituais como festas de formatura e ritos de passagem em diferentes comunidades.
“Há inúmeras perdas no modo como o adolescente passa a ser compreendido e tratado pelas pessoas. Surgem demandas específicas a respeito dos estudos, das escolhas vocacionais, da capacidade para o trabalho e da conquista de autonomia relativa, e elas variam nos diversos contextos socioculturais”, explicou.
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Durante essa fase, tanto os adolescentes quanto seus pais enfrentam ajustes emocionais e comportamentais. Para os pais, isso pode significar a transição de cuidar de uma criança dependente para apoiar um jovem adulto em busca de autonomia.
De acordo com Lydiane, esse processo é permeado por mudanças de comportamentos, interesses e rotinas e pode suscitar emoções incertas nos pais que também passam pelos sentimentos de orgulho, alegria, projeções positivas, medos e até o luto pela perda do filho idealizado, entre outros sentimentos.
Segundo a professora, os pais também devem lidar com suas próprias emoções para proporcionar um espaço seguro onde os filhos possam expressar suas dúvidas e emoções complexas.
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Para ajudar os adolescentes e pais a passarem por essa fase de turbulência, a professora aconselha o desenvolvimento de habilidades emocionais, como conversar abertamente, expressar sentimentos e ouvir pessoas de confiança que sirvam de modelo positivo.
“É essencial que o ambiente familiar e social estabeleça regras e limites claros, ao mesmo tempo que ofereça conforto para que os adolescentes possam compartilhar suas dúvidas, dores, confusões e outras emoções intensas e difíceis de entender”.
Além disso, atividades físicas e hobbies como desenhar e cantar são fundamentais. Eles não apenas proporcionam uma válvula de escape criativa, mas também ajudam os adolescentes a entender melhor as dinâmicas complexas das relações humanas, permitindo que eles as expressem de maneira segura e construtiva.
“A comunicação aberta, a escuta atenta e atividades criativas como arte e esportes são recomendadas para ajudar os adolescentes a navegar por essa fase de maneira saudável e construtiva”, conclui.