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Bem-Estar

Aumento de casos de coqueluche acende alerta para importância da vacinação de bebês e crianças

Queda nos índices de cobertura vacinal é apontada como uma das principais causas para o ressurgimento da doença

Por Giovanna Castelano - Edelman

01 de julho de 2024, às 16h04


A recente escalada nos casos de coqueluche no Brasil, atingindo 139 confirmações no estado de São Paulo até 17 de junho, acende o alerta entre autoridades de saúde. Essa é a segunda maior taxa de incidência da doença registrada desde o ano 2000, entre crianças de 10 a 14 anos, superada apenas pelo pico em 2014. A queda nos índices de cobertura vacinal é apontada como uma das principais causas para o ressurgimento da doença, o que reforça a importância da vacinação para o controle e eliminação de surtos de doenças infecciosas, como a coqueluche.

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Altamente transmissível, a coqueluche é uma infecção respiratória que pode evoluir e causar complicações como pneumonia, convulsões, comprometimento do sistema nervoso e até morte de bebês e crianças, quadros que podem ser evitados com a vacinação. Historicamente, a maior parte das ocorrências e todos os casos fatais são em crianças com menos de um ano, especialmente nos primeiros meses de vida¹ – com maior risco entre aqueles nascidos prematuros.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os anos, cerca de 15 milhões de crianças nascem antes de completar 37 semanas de gestação no mundo², sendo considerados prematuros. Por nascerem antes da hora, eles possuem o sistema imunológico pouco desenvolvido e são mais suscetíveis a uma variedade de doenças, incluindo a coqueluche.

Ana Paula Burian, médica Infectologista e Pediatra, coordenadora Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais do Espírito Santo (CRIE-ES), afirma que “os bêbês prematuros têm um cronograma de vacinação especial, adaptado à idade cronológica e com menor risco de reações vacinais. Diferentemente dos bebês nascidos a termo, para os prematuros é recomendado o uso de vacinas acelulares combinadas, que oferecem proteção contra múltiplas doenças em uma única aplicação, otimizando a imunização desses bebês, que possuem o seu sistema imune ainda em formação e, portanto, são mais vulneráveis”.

A especialista reforça, ainda, que as vacinas para esses bebês estão disponíveis em serviços públicos e gratuitos, os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE)4, presentes em todos os estados do Brasil. Esses Centros oferecerem imunização às pessoas que necessitam de alguma atenção especial, como é o caso de bebês nascidos com menos de 33 semanas ou com menos de 1,5 kg de peso.

Para eles, são indicadas as vacinas acelulares combinadas, pois elas oferecem menor possibilidade de eventos adversos e, em uma única apresentação, são capazes de estimular a resposta imunológica contra mais de um agente infeccioso, vírus ou bactéria5. A vacina acelular hexavalente, por exemplo, protege contra Difteria, Tétano, Haemophilus influenzae tipo b, Poliomielite, Hepatite B e Coqueluche.

Denise Suguitani, fundadora e diretora executiva da ONG Prematuridade.com

“Temos um grande compromisso com a conscientização e educação das famílias, especialmente aquelas novas à experiência da prematuridade. Nosso objetivo é reforçar os cuidados necessários para que esses bebês cresçam de forma saudável. Nesse sentido, a vacinação é, sem dúvida, um passo fundamental no processo de cuidado e proteção dos bebês prematuros. Inclusive, recentemente participamos da criação de uma Comissão temática da Prematuridade junto à Frente Parlamentar Mista da Saúde no Congresso Nacional, parte da nossa estratégia em busca dos direitos dos prematuros.”

A ONG Prematuridade.com, parceira da Sanofi (empresa global de saúde), é dedicada à prevenção do parto prematuro e à garantia dos direitos destes bebês e os de suas famílias, incluindo a equidade no acesso à saúde e justiça social, por meio de parcerias com entidades e companhias. Atua em território nacional levando conscientização e apoio às famílias por meio de projetos sociais e iniciativas políticas. Dentre suas iniciativas, a orientação para a correta imunização dos prematuros é uma de suas frentes de atuação para a prevenção e manutenção da saúde desses bebês.

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