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Basquete

Meninas perdem para Austrália e ficam fora de Tóquio-2020

Time comandado pelo técnico José Neto teve uma exibição superior em relação aos dois jogos anteriores, mas não foi suficiente

Por Agência Estado

09 de fevereiro de 2020, às 13h02 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h47

Depois de duas derrotas no Pré-Olímpico disputado em Bourges, na França, a seleção brasileira feminina de basquete tinha a dura missão de vencer a Austrália, segunda melhor seleção do mundo, para garantir a vaga olímpica. O Brasil se apresentou bem neste domingo, mas não foi páreo para as australianas. No final, foi derrotado por 86 a 72 e está fora dos Jogos de Tóquio-2020.

O time comandado pelo técnico José Neto teve uma exibição superior em relação aos dois jogos anteriores – derrotas para Porto Rico e França -, mas não foi suficiente. A oscilação em alguns períodos da partida, além da eficiência e do forte jogo coletivo da Austrália foram determinantes para o revés que deixa o Brasil fora da Olimpíada pela primeira vez desde os jogos de Barcelona, em 1992.

“Eu tenho orgulho dessas meninas. Fizemos um jogo de igual para igual com a vice campeã do mundo. É claro que é triste ficar de fora da Olimpíada, mas fizemos um bom trabalho nos últimos sete meses e essas meninas evoluíram muito, de forma impressionante até mesmo quando eu comparo com times masculinos que eu dirigi”, disse o técnico José Neto. O treinador se mostrou frustrado com o resultado e não garantiu sua continuidade no cargo.

Foto: Fiba
Brasil foi derrotado por 86 a 72 e está fora dos Jogos de Tóquio-2020

A derrota para a Austrália era, de certa forma, esperada. O que complicou o Brasil no torneio foi o revés na estreia para Porto Rico, adversário teoricamente mais fraco, e que ficou com a vaga em Tóquio-2020. Será a primeira participação no megaevento do país caribenho. As porto-riquenhas estavam nas arquibancadas acompanhando o duelo e se emocionaram ao final da partida. Elas fazem o jogo final do torneio diante da anfitriã França, que também está garantida em Tóquio.

Em quadra, o jogo se manteve equilibrado nos dois primeiros quartos, especialmente no segundo, período em que as brasileiras melhoraram a defesa. No entanto, os erros no ataque e o forte jogo coletivo aliado à eficiência das adversárias impediram que o Brasil liderasse o placar por ao menos uma vez.

A partida passou a ficar mais emocionante a partir do momento em que a pivô Damiris se encontrou. No início do terceiro quarto, ela acertou a sua primeira bola de três na partida e deu o ânimo de que o time brasileiro precisava. As comandadas de José Neto, lideradas por Damiris e também Erika, aumentaram a produção ofensiva e venceram o quarto por 27 a 22, tirando uma diferença considerável de pontos e encostando no placar geral, que, àquela altura, marcava 61 a 60.

No entanto, a irregularidade voltou a aparecer no último quarto e foi decisiva para que a vitória não viesse. Além disso, as australianas acertaram a mão, especialmente a pivô Liz Cambage, que, além do bom desempenho ofensivo, conseguiu dois tocos e se impôs diante das brasileiras. Houve um período em que os dois times sofreram um apagão e o placar de 72 a 68 permaneceu por alguns minutos, até que a equipe da Oceania voltou a pontuar e o Brasil, já sem Erika no final, fora pelo limite de faltas, viu o revés ser decretado por 86 a 72.

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