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Cultura

Thaíssa Carvalho e a força feminina no ar

Thaíssa Carvalho se orgulha por ter interpretado uma pilota de caça em “Flor do Caribe”, na pele da corajosa Isabel

Por Márcio Maio / TV Press

02 de dezembro de 2020, às 08h56

É comum que alguns artistas guardem com mais carinho as lembranças de determinados trabalhos. Seja pelo posto que ocupavam ou até pelo contexto de suas tramas. Thaíssa Carvalho, por exemplo, sabe que a determinada Isabel, de “Flor do Caribe”, foi fundamental para o desenrolar de sua carreira na televisão.

A rotina militar da personagem de Isabel demandou uma preparação especial, como mergulhar no universo da aeronáutica – Foto: Divulgação

“Isabel foi bem diferente do que já tinha feito na Globo. Trouxe uma nova visão sobre o meu perfil de trabalho e abriu muitas portas e possibilidades”, recorda ela, que também pode ser vista na reprise de “Mulheres Apaixonadas”, no canal Viva, onde fez uma participação como uma das alunas adolescentes da Escola Ribeiro Alves.

Ainda hoje, os debates sobre feminismo e a questão do posicionamento da mulher no mercado de trabalho ainda ganham espaço. E era exatamente nesse aspecto que Isabel mais se destacava. “Isabel entra na história assim, com o ‘pé na porta’. Era uma mulher empoderada”, enaltece a intérprete.

Na história, Isabel era tenente da Aeronáutica e pilota de caça. Além disso, ela vivia em uma república com outros oficiais homens. “Mas sabia se posicionar e ocupar seu lugar de chefe deles, quando necessário. Havia cenas ótimas”, valoriza Thaíssa.

A rotina militar da personagem demandou uma preparação especial. Primeiro, fisicamente. “Os tenentes tinham muitas cenas de ação e virávamos noite gravando”, conta. Além disso, foi preciso mergulhar no universo da aeronáutica. “Estudei como falar, se portar, o linguajar usado, os termos técnicos e condutas, o uso da farda e também um preparo técnico para as tomadas aéreas”, relembra ela, que teve de voar em um caça de verdade e ficou duas semanas na Base Aérea de Natal.

VALORES

Thaíssa afirma que sempre se sentiu uma mulher empoderada, mas assume que “Flor do Caribe” também fez com que ela desse mais valor a algumas questões. “Acho que, com a experiência, isso se reforçou de alguma maneira. Me sentia poderosa ao dar vida àquela mulher, que subia em um caça, era inteligente, forte e sabia se impor”, entrega ela, que tenta acompanhar a reprise da faixa das 18h da Globo. “É incrível rever tudo isso no ar, agora com calma. Quando estamos gravando, não temos esse tempo”, explica.

Para a carioca de 38 anos, não havia época melhor para colocar “Flor do Caribe” no ar de novo. Afinal, em tempos de pandemia, os telespectadores podem se desligar um pouco dos problemas e se divertir com uma trama mais serena. “Foi uma novela solar, com um clima de bastidores delicioso que refletia muito no nosso trabalho. A energia boa era vista no resultado final. Acho que essa leveza é necessária neste momento”, defende.

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