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Cultura

Longe da narração, Galvão Bueno integra equipe olímpica da Globo em Paris

Por CAROLINE BORGES - TV PRESS

26 de julho de 2024, às 19h01

A palavra aposentadoria rondava Galvão Bueno muito antes de o narrador deixar de ser a voz oficial das partidas da Seleção Brasileira na Copa de 2022. No entanto, ainda que estivesse longe da principal função que ocupou nas últimas décadas, a ideia de sair de cena por completo nunca esteve tão distante do jornalista. Logo após fim das competições no Catar, Galvão redesenhou seu contrato com a Globo e mergulhou de vez no mundo digital. Essa nova rotina chega ao ápice durante os Jogos Olímpicos de Paris, onde atuará pela Globo, seus canais digitais e também para o Comitê Olímpico do Brasil.

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Na Globo, a principal atuação de Galvão será no “Central Olímpica”, que é comandado por Tadeu Schmidt e Fernanda Garay. Ele, que já desembarcou na capital francesa, ficará responsável por fazer crônicas diárias sobre os principais acontecimentos dos Jogos de Paris. “Será aquilo que me tocar naquele dia, pode ser esporte, pode ser um problema que aconteceu, alguma coisa política ou social”, explica o narrador, que completou 74 anos no dia 21 de julho.

Os Jogos de Paris marcam sua décima participação em uma cobertura olímpica pela Globo. No entanto, desta vez, você não está na narração. Como será essa participação até o fim da competição?

O interessante dessa minha participação é que vou viver um dia de cada vez. Não sei exatamente o que vou encontrar a cada dia. Faço uma participação diária no “Central Olímpica”, com uma crônica que se chama “Olha o que Ele Viu”. Será aquilo que me tocar naquele dia, pode ser esporte, pode ser um problema que aconteceu, alguma coisa política ou social. É uma responsabilidade diferente e uma importância que me agrada.

Essa nova função na cobertura olímpica traz uma sensação de recomeço?

Acho que vai ser diferente. Não é exatamente um novo projeto. Meu novo projeto de comunicação está mesmo no mundo digital. Tenho meu canal no Youtube e milhões de seguidores nas redes sociais, mas sigo minha parceria com a Globo. Tenho maior orgulho de vestir esse uniforme (das transmissões esportivas da Globo). Depois do Leo Batista, sou o mais antigo da galera (risos). Completei 50 anos de televisão e 43 anos de Globo. Nas outras nove olimpíadas, eu participei como narrador e apresentador. Mas, agora, o mundo tem de seguir.

Como assim?

O narrador parou, na Globo, na Copa de 2022. Isso não quer dizer que parei na vida. Continuo fazendo muitas coisas. Uma honra, por exemplo, participar da Cerimônia de Abertura de uma outra forma. Em vez de narrar as competições, vou estar com um quadro na “Central Olímpica”. Vai ser uma espécie de diário. E com toda a liberdade que sempre tive na Globo. Vou poder elogiar ou criticar como sempre fiz. Vou fazer na olimpíada o que eu fiz por mais de 30 anos no “Jornal Nacional” com a Seleção Brasileira e Fórmula 1. Vou ter muito assunto para falar.

Os Jogos de Paris terão o retorno do público e das coberturas presenciais, após os jogos pandêmicos de Tóquio em 2021. Como foi essa última experiência remota?

Foi diferente. Tóquio foi a única que fizemos daqui, como serão feitas agora na Globo, mas o trabalho da arte, tecnologia… Em Tóquio a gente não podia. Eu tinha medo: “Gente, mas narrar daqui? Apresentar. Ficava oito horas no ar todo dia”, mas logo depois tive a sensação de: “gente, estou me sentindo em Tóquio” e trouxemos Tóquio para os telespectadores. Mas, agora, vou estar pessoalmente em Paris e estou adorando.

Além das participações na “Central Olímpica”, você também será Embaixador da Casa Brasil Paris 2024, ponto de encontro oficial da torcida brasileira na capital francesa. Como funcionará essa parceria com o Comitê Olímpico do Brasil?

Minha equipe do canal GB vai estar lá. Estarei com velhos parceiros, como o Tino Marcos e o Marcos Uchôa. Vai ser uma maratona mesmo. Diariamente terei minha crônica na Globo, meu programa “Aqui é Paris” no meu canal no Youtube e meia hora de programa do Comitê Olímpico Brasileiro. E ainda tenho de ver as provas e competições. Mas essa correria não é nenhuma novidade.

Por quê?

Na Copa da Rússia, eu entrava no ar, ao lado da Renata (Vasconcellos), no “Jornal Nacional” às 2h45 da manhã. Saía às 3h30 e ainda tinha mais uma reuniãozinha até as 4h. Então, eu ia comer e dormir para encarar o dia seguinte. Essa pegada de trabalho não mata ninguém não. Mas vai ser uma maratona.

Com um canal no Youtube e uma forte participação nas redes sociais, você se define como um influenciador digital atualmente?

Eu tenho uma atividade diária nas redes sociais, tenho milhões de seguidores. Eu não me acho um influencer. Não apareço para falar que escovei os dentes às 7h30 ou troquei de sapato às 9h30. Eu sou o Galvão Bueno porque faço nas redes sociais os meus comentários, minhas críticas, às vezes duras, ou elogios agradáveis. Faço isso nas redes sociais. Se isso é ser influencer… Todo mundo que participa nas redes sociais é chamado de influencer. Continuo sendo o Galvão Bueno, um cara da comunicação, da narração e do esporte. Faço isso no meu canal, nas redes sociais e continuo fazendo as coisas na Globo. Sou o que sempre fui. O que fazia na televisão faço no Youtube.

Seu vínculo atual com a Globo termina no final do ano. Existem conversas sobre uma renovação?

O que vai ser do ano que vem? Não sei. Mas ainda tenho muita coisa para fazer na emissora. Depois das Olimpíadas, eu vou comandar um reality show que não terá prêmio em dinheiro. O vencedor ou vencedora vai assinar um contrato de narrador ou narradora com o sistema Globo. Temos um programa especial de fim de ano também. Muita coisa por vir.

“Central Olímpica” – Globo – Até 11 de agosto, às 22h25.

Pensamento positivo

Galvão Bueno está otimista em relação ao quadro de medalhas dos Jogos de Paris. O narrador tem projeções bastante otimistas para as equipes e atletas brasileiros ao longo da competição internacional. “Acho que o vôlei feminino tem muita chance, a natação também. Tem muita coisa boa vindo”, explica.

O narrador está empolgado com o crescimento dos esportes olímpicos no Brasil desde os Jogos do Rio, que aconteceram em 2016. “Logo depois dos jogos Rio, o Brasil bateu novo recorde de medalhas. O esporte olímpico está crescendo a cada dia, ganhando investimento”, ressalta.

Saúde em foco

A rotina intensa de trabalho em Paris exige muita disciplina de Galvão. Para chegar com fôlego na capital francesa, o narrador não pulou nenhum dia de academia. “Estou mais magro. Estou bem. Faço academia, gosto de bicicleta. Não faço esteira. Acho a coisa mais chata do mundo. Gostava de correr na praia. Mas faço academia, ando a cavalo, jogo golfe. Tento me cuidar. Não sou mais nenhum menino”, alerta.

Instantâneas

Galvão Bueno reúne 2 milhões de seguidores em sua página no Instagram.

No Youtube, Galvão conta com mais de um milhão de inscritos no Canal GB.

Galvão é torcedor do Flamengo.

Apaixonado por vinhos, o narrador está à frente da marca Bueno Wines.

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