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Malhação

Gabriella Mustafá usa papel para crescer

Em “Malhação: Toda Forma de Amar”, na pele da inconstante Nanda, a atriz paranaense conseguiu experimentar diversos tipos distintos de conflitos

Por TV Press

03 de março de 2020, às 16h04 • Última atualização em 03 de março de 2020, às 18h39

O discurso entre os atores é quase sempre o mesmo quando se fala do que se espera profissionalmente: interpretar personagens sempre diferentes. Nesse sentido, Gabriella Mustafá não pode reclamar. Em “Malhação: Toda Forma de Amar”, na pele da inconstante Nanda, a paranaense conseguiu experimentar diversos tipos distintos de conflitos.

Da busca pelo estrelado da jovem aluna do Colégio Estadual Otto Lara Resende ao sucesso na tevê e na internet. E, em seguida, resultando em um quadro de síndrome do pânico.

Foto: Divulgação
A abordagem da síndrome do pânico na trama criou uma relação diferente entre Gabriella e os telespectadores de “Malhação”

“Para mim, isso é muito especial. Posso mostrar um outro lado. E ter outras experiências com a mesma personagem. Acho que também trouxe uma riqueza para a trama, as pessoas se identificaram demais”, conta a atriz, de 22 anos.

A virada na história foi uma grande surpresa para Gabriella. Afinal, tudo que Nanda sempre sonhou ao longo dos capítulos do seriado adolescente aconteceu. Para sua intérprete, no entanto, todas essas transformações podem ter ajudado a mexer com o emocional da garota.

“Acho que foi uma sequência de coisas. A pressão da mãe em relação à profissão, a esse sonho de se tornar cantora, pesou. É um momento em que a gente precisa de muita atenção e carinho”, opina.

No entanto, para Mustafá, a própria autoestima exagerada que sua personagem sempre demonstrou ter já demonstrava certa fragilidade. “A gente tinha uma impressão de que ela estava tentando provar para os outros o quanto era talentosa. Mas acho que ela tentava era provar para si mesma”, analisa.

RELAÇÃO

A atriz conta receber diversas mensagens de jovens que, como Nanda, sofrem com a síndrome do pânico. E que nem sempre são compreendidos ou conseguem procurar ajuda.

“Muitos nem sabiam que tinham o mesmo problema da Nanda, descobriram ao assistir e se identificarem com a situação. O que eu tento fazer sempre é indicar que eles busquem uma ajuda médica”, diz. Há jovens que até chamam os pais para assistirem às cenas de Nanda, segundo a atriz.

“É para que eles possam ver como os filhos se sentem. Várias pessoas tratam terapia como algo para pessoas loucas, ainda existe um preconceito”, lamenta.

Gabriella nasceu em Apucarana, no interior do Paraná, e vive sozinha no Rio de Janeiro. Nunca chegou a se sentir deprimida ou com pânico por conta disso, mas assume que a distância da família a torna mais vulnerável em alguns pontos.

“A gente grava muito e, muitas vezes, com uma carga mais densa em função de tudo que é abordado na história. Então, sair com os amigos ou ter a família por perto funciona como uma espécie de respiro”, explica a jovem.

“Malhação: Toda Forma de Amar” – Globo – Segunda a sexta, às 17h40.

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