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Editorial

Vacinação sim

Por Redação

04 de setembro de 2020, às 08h14

Na última segunda-feira, durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro foi interpelado por uma mulher que se disse profissional de saúde. Ela disse ao presidente que era preciso ter cuidado com as vacinas contra a Covid-19 que estão em desenvolvimento. Bolsonaro respondeu que “ninguém pode obrigar ninguém” a ser vacinado. O mau exemplo do presidente na gestão da pandemia do novo coronavírus já está mais do que evidente, dadas as declarações e comportamentos que teve durante praticamente toda crise sanitária, que ainda não se encerrou.

A frase de Bolsonaro em relação à vacina, portanto, além de incorreta, já que há previsão em lei que pode obrigar a vacinação, soa como mais uma do seu compêndio de achismos, baseados em ideologias. Mas, apesar do pensamento desprezível, as palavras são preocupantes pelo peso de sua liderança política.

Ao lançar mão de uma afirmação do tipo, Bolsonaro coloca a vacinação em descrédito, sem embasamento, e praticamente incentiva o brasileiro a minimizar a necessidade ou, ao menos, a consciência de que se imunizar é cientificamente recomendável. Em paralelo, o presidente menospreza ainda o trabalho de pesquisadores que correm contra o tempo para desenvolver uma vacina eficaz contra o novo coronavírus. É preciso valorizar e dar as melhores condições para que, deste esforço, surja algo em prol da população.

O Brasil é reconhecido internacionalmente pelo trabalho de imunização gratuita a doenças diversas. O próprio calendário de vacinação é pauta de reportagens constantes no noticiário do Grupo Liberal. Doenças como a poliomielite e sarampo foram combatidas e erradicadas graças aos programas de imunização. A fala do presidente joga todo este mérito no lixo, sem qualquer razão, como sempre.

O Liberal

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