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Vacina menosprezada - O Liberal

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Vacina menosprezada - O Liberal

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Editorial

Vacina menosprezada

Em abril, o LIBERAL cobrava aqui, neste espaço, que houvesse adesão à vacinação contra a dengue

Por Redação

14 de julho de 2024, às 09h02 • Última atualização em 14 de julho de 2024, às 09h05

Em abril, o LIBERAL cobrava aqui, neste espaço, que houvesse adesão à vacinação contra a dengue. Na época, uma semana depois do início da campanha na região, já se notava uma baixa procura pela vacina. Também na mesma época, o cenário da dengue era de aparente controle. Contabilizava-se um número de casos e óbitos relativamente baixo, se comparado com outros anos.

Três meses depois, o cenário é outro, ao menos em um dos aspectos. Na verdade, no pior deles. Ainda que a quantidade de pessoas que tiveram diagnóstico positivo de dengue esteja abaixo de anos com estatísticas recordes, preocupa, neste ano, o número de óbitos em proporção de contaminações.

Em Americana, para se ter noção, já são sete vítimas da doença – a maioria, adultos com mais de 50 anos. Em 2022, ano com o maior número de óbitos, foram oito vítimas. Não é de se espantar se tal recorde for superado: segundo dados do governo estadual, Americana ainda investiga ao menos outras seis mortes pela doença.

Ainda assim, reportagem publicada neste sábado mostra um menosprezo pela vacina por parte de pais de crianças e adolescentes. No público-alvo de 10 a 14 anos, definido pelo Ministério da Saúde, nem 20% dele foi vacinado, revelam números das prefeituras.

Há de se reconhecer que a dengue tem se mostrado mais agressiva contra uma faixa etária mais alta, com riscos maiores especialmente em idosos e pessoas com comorbidades. Mas não há tamanha seletividade quanto às infecções, que podem atingir a todos e com toda a intensidade possível.

Buscar a imunização é a primeira forma de prevenir as manifestações graves da doença causada pelo Aedes aegypti. E quem já teve dengue sabe quão angustiante e dolorido é conviver com os sintomas, que se arrastam por dias. Além disso, tal como aprendemos na pandemia, evitar formas graves da dengue também colabora para se conter a sobrecarga nos sistemas de saúde. Não se deve menosprezar o que temos à disposição.

O Liberal

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