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Sérgio Moro que virou suspeito

Por Oswaldo Vicentin

01 de abril de 2021, às 09h10

Tudo começou quando Sérgio Moro viajou para a Itália. Moro quis ver de perto a história da grande Operação Mãos Limpas sob o comando do famoso Juiz Giovanni Falcone. Falcone virou herói por ter vencido a máfia italiana com a prisão dos tubarões do crime, mas foi assassinado. Era ídolo de Sérgio Moro. Tendo tomado conhecimento da logística e dinamismo daquela operação Moro voltou ao Brasil dando início à Operação Lava Jato. Tanto para mim como para a maioria dos brasileiros essa operação com a prisão dos corruptos foi o maior combate ao crime organizado desde que o Brasil foi descoberto. Além do mais esse desempenho de Moro ajudou na campanha de Jair Bolsonaro. Eleito, o presidente fez o convite para que Moro fosse seu ministro da Justiça, o que aconteceu.

Todos sabem que Bolsonaro obriga seus ministros a fazer sua vontade. Conforme manda a Constituição, a Polícia Federal é independente, mas não para o presidente. Diante deste impasse na PF, o juiz que virou ministro recebeu cartão vermelho e foi afastado do cargo. Acabou então a lua de mel.

No meu conceito não resta dúvidas de que Moro prestou um grande serviço ao País com a Lava Jato. Futuramente, a Justiça entendeu que houve parcialidade de Moro no processo contra Lula. Todavia, dentro do meu conceito isso não torna o ex-juiz suspeito nos demais processos da Lava Jato. Tem que ficar do jeito que está. Sérgio Moro ainda pode ser candidato a presidente. Por quê, vocês me perguntariam. Ora, o pecado de Moro é fraquinho perto do pecado de Paulo Maluf cujo slogan era “ele rouba, mas faz”” e até hoje tem gente que vota nele

Apesar de não ter as previsões de uma mãe Dinah acho que os próximos candidatos à presidência serão Sérgio Moro, Ciro Gomes, João Doria, Lula e Bolsonaro.

Oswaldo Vicentin
Escritor e jornalista

Colaboração

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