Pergunta difícil. Mas arrisco dizer que a mudança de treinador e consequentemente de postura do elenco do Tigre, após o dérbi contra o União Agrícola Barbarense, somado à ousadia da diretoria nas contratações para a fase de mata-mata e, claro, a nossa torcida foram peças chaves para o acesso do Rio Branco.

A expulsão do ex-treinador antes do confronto em Santa Bárbara refletia muito o que era o time dentro de campo. Sem equilíbrio emocional e tático.

Mesmo ainda inexperiente, Raphael Pereira tem a identidade riobranquense, onde atuou como jogador, além de há anos residir em Americana. Essa ligação com o clube foi uma forma de mostrar aos jogadores a grandeza do Rio Branco e a importância de cada um deles nessa caminhada. Tudo isso aliado à chegada do Leandro Mehlich.

A derrota no dérbi foi dolorosa, mas essencial para todas as mudanças necessárias. Com o tiro certeiro nos reforços houve uma transformação daquele time desacreditado em um grupo de guerreiros que ficou marcado na história do clube e da cidade.

Mudança de técnico, atitude do elenco e novos reforços foram essenciais? Sim! Mas nada supera a maneira que a torcida abraçou o clube. Acompanhei dois acessos como repórter, para a Série A1 em 2009, e Série A2 em 2012, e posso dizer com propriedade: nenhum deles a torcida abraçou o time como esse.

Não consigo explicar, mas esse foi diferente, talvez seja pela situação de chegar ao “fundo do poço”. Um torcedor que estava acostumado aos grandes jogos e ver o time nesse martírio. Isso fez com que todos se unissem para iniciar a salvação do futebol riobranquense. Espero que o Tigre volte a rugir mais alto.

O Rio Branco tem que aproveitar o bom momento e ser o primeiro campeão da história do Paulista A4. Tem plenas condições e, agora sim, eu confio!