Editorial
Próximo passo
Por Da Redação
15 de maio de 2020, às 08h06
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As previsões para novas medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19) têm sido, em grande parte, pessimistas para o curto prazo. Nesta semana, surgiu no noticiário um estudo baseado em projeções feitas com um modelo matemático desenvolvido na Unicamp que indica a adoção do lockdown no Estado caso o isolamento da população não cresça.
A previsão considera a chamada taxa de contágio, que é o número de pessoas infectadas por alguém que tem o vírus, em média. Se nada mudar, o estudo projeta 53 mil novas infecções e 2,5 mil mortes por dia a partir do final de junho no Estado.
Tido como uma das principais medidas para conter a contaminação em larga escala pelo vírus, o distanciamento social tem sido cada vez menos respeitado em São Paulo. Os índices medidos pelo governo apontam quedas sucessivas, semana após semana.
Em Americana e região, a taxa já está perto de retornar ao que era registrado no período anterior ao decreto que impôs a quarentena no Estado, em 24 de março. Enquanto isso, Americana e Santa Bárbara d’Oeste fazem pressão no governo estadual, por meio de lideranças políticas e empresariais, para a retomada de parte das atividades econômicas. Por outro lado, cidades vizinhas como Sumaré e Hortolândia assistem a um avanço mais sério do vírus, com múltiplas confirmações diárias.
A possibilidade do lockdown já é tratada como real e iminente para a cidade de São Paulo, bem como para municípios de seu entorno, que sofrem com a lotação de UTIs. Mas, na mesma medida em que a preocupação dos especialistas cresce quanto ao avanço da doença, o relaxamento quanto ao isolamento também aumenta. Resta saber quem dará o próximo passo decisivo para tentar frear a crise. Se o governo, impondo restrições extremas. Ou a população, se precavendo do pior. Por ora, o que se vê são números cada vez maiores.
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