Dedico este artigo à querida neta Manuella de Souza Bertollo, que neste início do mês de setembro comemorou mais um aniversário. Que Deus ilumine o seu caminho e de seus pais na condução de sua vida.

Em 1922, ano em que foi comemorado o Centenário da Independência de nosso País, a centenária Fazenda Salto Grande era destaque no periódico jornalístico carioca “Revista da Semana”. Em 23 de setembro, na edição 39, ela publicava: “A Fazenda Salto Grande, de propriedade dos Srs. Rawlinson, Muller & Cia, situada na cidade de Campinas, constitui um paradigma da extraordinária organização agrícola de São Paulo, digno da maior divulgação por todo o Brasil”.

Através de fotos, ela nos reporta o cenário da fazenda nesta época. Em destaque, a magnifica sede de dois pavimentos. Na fachada da edificação, piso superior, sete janelas e no piso inferior, três portas e quatro janelas. Na lateral, lado do Rio Atibaia, no piso superior 11 janelas, e no piso inferior, apesar de um arbusto inserido na foto, é possível identificar duas janelas e uma porta.

Atualmente, na fachada da edificação, piso superior, aparecem sete janelas e no piso inferior uma porta central e seis janelas, sendo três de cada lado da porta.

Na lateral, ao lado do Rio Atibaia, hoje existem no piso superior 10 janelas e uma porta. No piso inferior são três portas e uma janela. O que chama atenção foi na lateral, no piso superior. Uma das janelas deu lugar a uma porta que acessava uma sacada.

Na década de 1980, eu já era colaborador de uma indústria têxtil, instalada próximo ao casarão, e levava o meu filho Maicon Alexandre Baron Bertollo para brincar no grêmio pertencente a esta empresa. E nesta ocasião tive a oportunidade de admirar a imponente varanda. Ela não existe mais. Outra observação é na fachada do piso inferior. Duas portas deram lugar a duas janelas.

Carlos Roberto Bertollo é estudioso da lenda de Ícaro e criador de réplicas de aeronaves