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Pragas da antiguidade

Por Eduardo Paparotti

31 de dezembro de 2020, às 10h51 • Última atualização em 31 de dezembro de 2020, às 10h52

Epidemia é a rápida transmissão de uma doença infecciosa em determinada área geográfica. Já pandemia se caracteriza por infecções que ultrapassam fronteira e avançam por países e continentes. Desde que o mundo é mundo elas existem e sempre mudam o curso da história.

A estimativa é que há cinco mil anos uma epidemia tenha devastado vilas chinesas. Em um sítio arqueológico, hoje chamado Hamin Mangha, foram encontrados esqueletos de corpos colocados dentro de uma casa que teria sido incendiada. Nenhuma faixa etária foi poupada. O local é hoje um dos pré-históricos mais bem preservados do nordeste da China.

Estudos arqueológicos e antropológicos indicam que a epidemia ocorreu com rapidez suficiente para que não houvesse tempo para enterros.

Outro “funeral em massa” de data aproximada já tinha sido descoberto em local vizinho. Tais descobertas sugerem que a doença devastou a região.
Durante uma guerra entre Esparta e Atenas, uma epidemia instalou-se nesta última cidade por cinco anos. Os historiadores estimam a morte de 100 mil pessoas.

A descrição dos sintomas da doença foi registrada por Tucídes, historiador grego, famoso na época. Até hoje os cientistas debatem sobre o possível diagnóstico. A febre tifoide e o ebola estão no topo da lista.

A concentração de pessoas devido ao embate teria facilitado a disseminação da enfermidade. Os espartanos, mais fortes, forçaram o refúgio dos atenienses. Apesar da epidemia, a guerra seguiu e teve como resultado a vitória de Esparta.

Na antiga e culta Grécia, as duas principais cidades da época, Atenas e Esparta, se destacavam, cada uma a seu modo. Esparta tinha um poderio militar, enquanto Atenas se destacava, e muito, no sentido cultural em geral, como filosofia, música, medicina e, “as artes em geral”, como teatro.

*Eduardo Paparotti é aposentado.

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