Alguns brincalhões sempre afirmaram que, necessitando de um rascunho, primeiro Deus criou o homem, e depois, aperfeiçoando aqui e ali, criou a metade mais bela da humanidade, a mulher.

À mulher, geradora da vida, está reservada a perpetuação da espécie humana. Ao longo do tempo, dado o machismo sempre vigente em nossa sociedade, os homens colocaram-na como ser inferior, sujeitando-a de todas as formas, a ponto de considerarem-na sua propriedade, como ainda perdura em certos países, obedecendo ditames sociais, políticos e religiosos. Em certa época houve quem declarasse, sem vergonha nenhuma, que “ela era um ser de cabelos longos e ideias curtas”.

Pelo exposto acima, de modo bem simples, dá para avaliar a constante luta que as mulheres travaram e ainda travam para a sua completa emancipação. Porém, existem alguns “loucos proprietários”, haja vista o aumento dos feminicídios no Brasil, que cresce a cada ano.

A mulher foi criada para ser a companheira ideal do homem, empenhando-se de maneira idêntica para o aperfeiçoamento da espécie, via educação adequada da prole, visando construir uma sociedade mais justa, mais solidária e mais amorosa. Dotada de altíssima sensibilidade, ela vislumbra, não somente pela razão, mas muito mais, pelo coração, trajetórias e soluções para situações difíceis, evitando querelas, disputas e insanidades que, dada à truculência masculina, resultariam em derramamento de sangue inocente.

Levando para o lado pessoal, o destino reservou-me uma esposa notável, três filhas excelentes, cinco netas e uma bisneta superamorosas e dezenas de amigas, algumas que são consideradas quase irmãs e incomparáveis. Só posso dizer obrigado, Deus. 

João Rodella
www.reflexoesdeumoctogenario.blogspot.com