25 de abril de 2024 Atualizado 23:44

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Blog da Eclética - por Jucimara Lima

O valor emocional por trás de alguns objetos

Por Jucimara Lima

15 de dezembro de 2020, às 09h43

A memória humana é um de nossos bens mais preciosos, além de ter duplo significado. Poder recordar momentos felizes e pessoas amadas são sem dúvida uma dádiva imensurável, assim como um grande prazer!

Contudo, ficar na memória de alguém, mesmo que já não esteja mais vivo para contar a história, talvez seja ainda mais valioso.

A pessoa na qual nos transformamos, tem relação intrínseca com as referências que tivemos e com as experiências que vivemos.

É aquela velha história de que ninguém passa pela vida da gente sem deixar um pouco do que é, ou sem levar um pouco do que somos. Talvez por isso, no final de tudo, as lembranças sejam tão preciosas para todos.

Uma boa definição sobre o que é memória, diz que ela é aquela capacidade que o ser-humano tem de armazenar e entender o conhecimento vivenciado.

Ativar esse enigmático poder da mente, está extremamente ligado a maneira como nos sentimos em relação às coisas e as pessoas. Sendo assim, tem tudo a ver com as emoções, em especial com a afetividade.

Cores, aromas, sabores, imagens, enfim, todas essas percepções são caminhos que conduzem a lembranças inesquecíveis. 

Quem nunca teve a sensação  de como em um passe de mágica ser transportado para um tempo vivido e até mesmo imaginado, simplesmente pelo fato de tomar contato com algo que remeta ao passado?

A conhecida memória afetiva tanto pode ser nossa como também de nossos antepassados, considerando que muitas de nossas cargas emocionais foram herdadas deles. 

Sorte de quem consegue fazer essa conexão através de um objeto palpável, como um artigo de decoração ou um móvel antigo, por exemplo. Não é à toa que muita gente faz questão de guardar e preservar esses verdadeiros passaportes para o passado.

Muito mais do que cumprir suas funções – e alguns nem funcionam mais – esses itens carregam histórias, mantendo vivo laços afetivos muito importantes.

 E se você tem alguma dúvida sobre o quanto essas memórias são essenciais, saiba que segundo a ciência, em quadros demenciais onde há uma perda progressiva da memória, a afetiva é a última a ser “desligada”, ou seja, é mais fácil esquecer quem inventou o avião do que de um objeto que tenha algum significado especial.

 É triste, porém, muito bonito! É como se Deus fizesse questão de manter até o último momento, a consciência sobre a importância das relações humanas e o quanto elas fazem parte da essência de cada um.

Em suma, preservar algo que mantenha viva uma recordação é uma bela maneira de se conectar com o passado. Por isso, para a Eclética da Revista Casa, escolhemos abordar esse tema. Objetos e móveis preservados por amor que resistiram ao tempo e fazem parte da vida de nossos personagens. Apesar de alguns serem mais que centenários, eles atravessaram gerações. É muito bonito de ver. Confira!

Jucimara Lima

Blog da colunista social do LIBERAL, Jucimara Lima, com notícias e informações sobre Americana e região!