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Saúde em Pauta

Mosquito da dengue

Tendo chance ele, aliás ela, irá lhe picar; veja algumas formas de acabar com o Aedes

Por Paulo Renato Monteiro da Silva

28 de maio de 2023, às 11h10 • Última atualização em 28 de maio de 2023, às 11h11

Mosquitinho sem vergonha esse, só cria confusão, e ele é ativo o dia todo, porém prefere o início do dia e o entardecer. Mas tendo chance ele, aliás ela, irá lhe picar.

Isso mesmo, somente a fêmea é que suga o nosso sangue para que os seus ovos possam se desenvolver bem. O macho geralmente se alimenta de frutas e substâncias açucaradas.

Aedes aegypti é o nome desse mosquito e pode ser traduzido como “o horrível que veio do Egito”. Ele se adaptou muito bem para viver junto de nós. E pensar que já havia sido erradicado do nosso país, a ponto de que, em 1958 a OMS considerou o Brasil livre desse mosquito. Mas, como houve um relaxamento das medidas de controle, ele retornou ao País no final da década de 1960.

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É um mosquito em que temos que prestar muita atenção, dado à sua capacidade de transmitir vários problemas, sendo um verdadeiro “Uber das doenças”, podendo levar nos seus voos dengue, febre amarela, zika e chikungunya.

Ele é muito pequeno, medindo menos de 1 cm, tendo seu corpo preto com listras brancas, e ao voar quase não produz som.

Seus ovos são postos poucos milímetros acima da superfície da água, e no passado acreditava-se que gostasse apenas de água limpa, porém, na realidade pode ser também na água suja.

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Quando chove, o nível da água sobe, entrando em contato com os ovos que se rompem, deixando cair as larvas dentro da água e a partir desse momento, em um período de aproximadamente uma semana, os pernilongos se tornarão adulto e prontos para iniciar um novo ciclo.

O Aedes põe seus ovos em quaisquer recipientes que possam conter água, como pneus, garrafas vazias, latas, vasos, e também em ambientes naturais, como: bromélias, bambus, buracos em árvores e outros.

Algumas formas para acabar com o Aedes:

  • controle ambiental, como redução dos criadouros e uso de armadilhas para os mosquitos;
  • inseticidas, que podem ser pulverizados ou colocados na água;
  • métodos biológicos e genéticos: como uso de bactérias que atacam os mosquitos;
  • estimular o aumento de libélulas que se alimentam dos Aedes adultos e das suas larvas;
  • mosquitos geneticamente modificados do sexo masculino, que não picam e nem transmitem doenças, são liberados para acasalar com as fêmeas selvagens e essa prole herda um gene que a fará morrer antes de atingir a idade adulta, ou seja, antes que possam se reproduzir ou espalhar doenças.

Portanto, mãos à obra, não deixando nada que possa acumular água à disposição do mosquito.

Paulo Renato Monteiro da Silva

O médico Paulo Renato Monteiro da Silva, especialista em alergologia e imunologia, fala sobre temas da saúde em alta e sobre como manter hábitos saudáveis