Na última sexta-feira, o governador João Doria disse, em coletiva de imprensa, que o “pior momento” da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado passou. De acordo com ele, São Paulo iniciou a descida do platô do número de casos e mortes pelo vírus. Segundo dados do governo, a quantidade de óbitos pela Covid-19 caiu pela terceira semana consecutiva. No mesmo período, também houve queda no número de internações.

Até então, o governo estadual considerava que apenas a capital paulista havia saído da fase mais dura da pandemia. O movimento das infecções pelo vírus foi mais forte na região metropolitana de São Paulo e, depois, se espalhou para regiões como o litoral e o interior paulista.

Na região de Americana, conforme o LIBERAL mostrou em reportagem no último sábado, o pico de casos ativos da doença, ou seja, de pessoas que estão com o vírus no organismo, começou a se formar em julho e atingiu seu ápice em agosto. A avaliação, segundo especialistas ouvidos pelo LIBERAL, é de que a cidade tenha atingido um patamar de estabilidade nos casos e que, nas próximas semanas, a tendência seja de queda.

Apesar da aproximação de um cenário menos negativo, a recomendação para as próximas semanas ainda é de muita cautela. A flexibilização permitida no Plano São Paulo, que autoriza o funcionamento de atividades não essenciais, tem feito com que grande parte da população volte às ruas e a uma convivência pré-pandemia. No final de semana, o grande movimento em praias do litoral paulista demonstrou essa aparente normalidade, com registros de aglomerações e turistas sem máscara.

Os riscos, entretanto, permanecem. Sem termos uma vacina disponível, todo cuidado ainda é necessário. Isolamento social, uso de máscaras e higienização das mãos continuam imensamente indispensáveis, bem como a fiscalização mais incisiva por parte do poder público.