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Editorial

Erro na bifurcação

Por Redação

16 de dezembro de 2020, às 08h28

A percepção do cenário no qual nos encontramos diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi calibrado por meio de diferentes dosagens recebidas a cada diferente período. E nenhum meio é tão eficiente para ajustar a receita dos óculos usados para enxergar essa crise do que os números de novas infecções e óbitos em determinado período, bem como o movimento que tais dados fazem em um gráfico quando olhados em perspectiva.

Tal método, certamente na prateleira dos mais simples entre os acessíveis, é o suficiente para entender o momento que Americana atravessa em relação à doença, além de ser amparado pela análise de especialistas locais que estão na linha de frente do combate à pandemia, outro termômetro eficiente para a medição da nossa temperatura.

O mês de dezembro, ainda na metade, já superou o volume de casos e mortes apurados em outubro e novembro. Esses números representam a mudança na rota de queda traçada mês a mês desde setembro, tanto em relação às infecções quanto aos óbitos. Ou seja, após três meses de recuos sequenciais, a pandemia voltou a avançar casas no tabuleiro no município.

O período do ano que bate à porta, com a dobradinha entre Natal e Ano Novo, pode se tornar uma alavanca para os indicadores, capaz de ampliar o quadro já perceptível passada a primeira quinzena de dezembro. Os números voltaram a ganhar nomes conhecidos, como o ator Eduardo Galvão, o técnico de futebol Marcelo Veiga, o vocalista da banda Roupa Nova, Paulinho, e o jornalista Orlando Duarte, apenas para citar vítimas entre a semana passada e esta.

São ao menos nove meses debaixo do cobertor da pandemia no País. O calor provocado por ele em noites quentes já deveria servir de lembrança para evitar a escolha do caminho errado diante da bifurcação.

O Liberal

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