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Saúde em Pauta

Entenda o que é imunodeficiência primária e quais são os sinais

Estatísticas apontam que a cada 10 mil pessoas, uma terá algum tipo de imunodeficiência primária

Por Paulo Renato Monteiro da Silva

16 de abril de 2023, às 11h16 • Última atualização em 17 de abril de 2023, às 09h25

Imunodeficiência primária é aquela situação em que nosso sistema imunológico não funciona direito, existindo falha em algum dos seus componentes. Digamos que nosso corpo tenha um exército muito bem preparado para nos defender, composto por soldados (nossos glóbulos brancos), munições (anticorpos) e um sistema de informações e sinalizadores (complemento) e todos devem atuar em sintonia, nos protegendo contra micróbios e ainda vigiar se algumas células não estão se revoltando e produzindo tumores.

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Nos últimos anos tivemos mais dois testes incluídos dentro do exame do pezinho (TRECs e KRECs), os quais são voltados à pesquisa de uma parte dessas doenças que afetam gravemente nosso sistema imune, com destaque para a imunodeficiência grave combinada (SCID) e para agamaglobulinemia.

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As estatísticas apontam que, a cada 10 mil pessoas, uma terá algum tipo de imunodeficiência primária. São pessoas nascidas com o sistema imunológico apresentando alguma deficiência e que acaba de manifestando por meio de infecções comuns como otites, pneumonia, sinusites, entre outras. Atualmente são conhecidas mais de 400 doenças diferentes, sendo muito importante reconhecê-las para que se possa tratar de maneira adequada. Seguem alguns sinais de alerta para suspeita de imunodeficiência primária:

Em crianças:
• Duas ou mais pneumonias no ano;
• Quatro ou mais otites no último ano;
• Estomatites de repetição ou monilíase por mais de dois meses;
• Abcessos de repetição ou ectima;
• Um episódio de infecção sistêmica grave (meningite, osteoartrite, septicemia);
• Infecções intestinais de repetição/diarreia crônica;
• Asma grave, doença do colágeno ou doença autoimune;
• Efeito adverso ao BCG e/ou infecção por microbactéria da tuberculose ou atípicas;
• Fenótipo clínico sugestivo de síndrome associada à imunodeficiência;
• História familiar positiva de imunodeficiência.

Em adultos:
• Duas ou mais novas otites por ano;
• Duas ou mais novas sinusites no período de um ano, na ausência de alergia;
• Uma pneumonia por ano;
• Diarreia crônica com perda de peso;
• Infecções virais de repetição (resfriados, herpes, verrugas);
• Uso de antibiótico intravenoso de repetição para tratar infecção;
• Abcessos profundos de repetição na pele ou órgãos internos;
• Monilíase persistente ou infecção fúngica na pele ou qualquer lugar do corpo;
• Infecção por microbactéria da tuberculose ou atípica;
• História familiar positiva.

Paulo Renato Monteiro da Silva

O médico Paulo Renato Monteiro da Silva, especialista em alergologia e imunologia, fala sobre temas da saúde em alta e sobre como manter hábitos saudáveis