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Costumeiro, sem ser desordeiro
Por Carlos Augusto de Oliveira
03 de julho de 2020, às 08h35
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A palavra rotina, do frânces “routine”, representa e está muito ligada ao que é costumeiro e até mesmo mecânico em nosso cotidiano. Há quem defenda que devemos ter hábitos comuns e estruturados todos os dias, mas há também quem questione isso, principalmente por seu risco de marasmo.
A questão é: como estamos lidando com isso neste momento? Estamos realmente vivendo novos hábitos, criando novas e oportunas rotinas, capazes de fazer frente a todas as nossas dúvidas ou simplesmente estamos escravos da procrastinação crônica?
É claro que não estávamos preparados para tudo isso. Aliás, de modo geral a sociedade nunca está. Criamos perspectivas mirabolantes, planos, esquemas, mas quando o caos se apresenta, torna-se claro que vivemos de proposituras e somos reféns de nossas mazelas.
Vejo, ouço e leio vários relatos de pessoas que afirmam que desengavetaram sonhos, encaixaram novas atividades em seus dias e conseguem dar conta de tudo com primazia. No entanto, há muitos outros que expressam estar completamente perdidos, sem rumo e sem perspectivas.
O entendimento para ambos os casos é o mesmo. De modo geral, somos adaptáveis ao positivo ou negativo, dependendo de nossa atitude perante a adversidade. Vale ressaltar que isso não diz respeito às condições financeiras e sociais de cada qual, mas sim, e apenas, à maneira de gerenciar seus pensamentos.
Em verdade, sendo pessimista ou otimista, novos hábitos se apresentam, no afã de vislumbrar outra ordem mundial, com sociedades talvez muito mais coerentes, empáticas e ordeiras, cientes de suas limitações, mas também conscientes de suas possibilidades de reinvenção.
*Carlos Augusto de Oliveira é docente do Senac americana, palestrante e consultor
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