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Editorial

Conduta condenada

Por Redação

18 de agosto de 2020, às 08h43

Em junho de 2017, o LIBERAL flagrou um ato que demonstra como a conduta de agentes públicos pode ser lamentavelmente desviada para todo tipo de fim, até mesmo os que parecem pequenos. Na época, reportagem mostrou que o então secretário de Governo da Prefeitura de Americana, Juninho Barros, se utilizava de carro e servidor da administração para manter um galinheiro ao lado de sua casa. O funcionário recolhia restos de alimentos em um supermercado na Cidade Jardim e depois os levava à casa do secretário, no Werner Plaas.

Após a repercussão, o Ministério Público processou Juninho por improbidade administrativa, acusando o de enriquecimento ilícito com a prática e de atentar contra princípios básicos que regem o serviço público, como a impessoalidade e a probidade. Mesmo Juninho tendo deixado o cargo no primeiro escalão na prefeitura por conta de uma investigação da Polícia Federal, a ação continuou e teve seu desfecho em primeira instância na última semana, com decisão publicada oficialmente nesta segunda-feira.

Ao analisar o caso, o juiz da 4ª Vara Cível de Americana, Gilberto Vasconcelos Pereira Neto, concluiu que, mesmo pequeno o prejuízo para o poder público e a vantagem para o então secretário, houve benefício ilegal. Ainda há de se apurar valores a serem devolvidos, e o advogado de Juninho disse que ele irá recorrer.

Um agente público deve exercer com zelo e retidão a função que lhe é incumbida, de servir à população, pagadora de impostos e dependente do trabalho do governo. O desvio do caso do galinheiro beira à mesquinhez, já que o benefício obtido pelo secretário é claramente pequeno, mas sua conduta evidencia o “jeitinho” arraigado na cultura política brasileira. É mais um exemplo do desvirtuamento da administração pública, que deve ser repreendido.

O Liberal

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