Uma ideia original que mexe com a imaginação e promete uma história incrível é uma das melhores portas de entrada para alguma obra. Mas, infelizmente, nem todos os livros com uma boa premissa têm um desenvolvimento à altura. Amanhã é celebrado o Dia Mundial do Livro, e para celebrar trago na coluna a indicação de cinco livros com sinopses que me fisgaram e cumpriram o que prometeram, entregando uma ótima leitura.

“A Polícia da Memória”, de Yōko Ogawa: Imagine uma ilha onde coisas simples do cotidiano são esquecidas e onde uma polícia especial é dedicada a vigiar os que insistem em se apegar às lembranças. Nesse livro com toques distópicos e filosóficos, a trama principal é de uma escritora que tenta manter intactos os resquícios de uma história. Um livro sobre memória, identidade e algo a mais difícil de decifrar.

“A Palavra que Resta”, de Stênio Gardel: Aos 71 anos, Raimundo decide aprender a ler para decifrar o que está escrito em uma carta que ele guarda há 50 anos. A escrita do cearense Stênio Gardel é carregada de sensibilidade e poesia para contar essa comovente história.

“O Mar Sem Estrelas”, de Erin Morgenstern: O estudante Zachary Ezra Rawlins descobre na biblioteca da universidade um livro antigo que traz uma cena de seu próprio passado. Sem autor ou registro, a obra desperta a curiosidade do jovem, que vai embarcar em uma aventura cheia de mistérios e reviravoltas sobre o poder da literatura.

“Crônica de uma morte anunciada”, de Gabriel Garcia Marquez: Santiago Nasar vai ser assassinado. A tragédia é confirmada já na primeira linha deste pequeno romance, mas para descobrir o que leva até essa morte anunciada, o leitor vai contar com toda a maestria de Gabo em contar histórias.

“Nós somos a cidade”, de N. K. Jemisin: Nessa criativa ficção científica, as cidades despertam e tomam forma em corpos humanos. Mas quando um mal ameaça o nascimento de Nova York no corpo de um garoto de rua, os avatares dos cinco distritos (Bronx, Manhattan, Queens, Brooklyn e Staten Island) vão precisar proteger a cidade. O livro consegue costurar essa doideira toda com as diversidades culturais que Nova York abriga. O resultado é incrível.