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Editorial

Arroz mais caro

Por Redação

12 de setembro de 2020, às 09h51

A alta do preço do arroz dominou o noticiário nesta semana por todo o País. O alimento, base da rotina alimentar do brasileiro, alcança cifras recordes que fazem doer o bolso dos cidadãos, muitos afetados pela crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na quinta-feira, o LIBERAL mostrou, por exemplo, que o arroz chega a custar até R$ 26 em Americana.

As explicações para a alta são várias. Fala-se num aumento não projetado da demanda. Nos últimos anos, a produção de arroz acompanha um consumo médio, que acaba por balizar safras e estoques. O isolamento fez com que o consumo, porém, tivesse uma alta considerável.

A demanda interna pressionou os estoques de produção a níveis menores e se somou ao interesse externo, por conta da competitividade dos preços brasileiros, influenciados pela desvalorização do real em relação ao dólar. Resultado: em 2020, o arroz acumulou uma alta de 19,25%.

Em meio às cifras, a equipe econômica tenta agir para evitar que um pacote de arroz passe a ilustrar nova crise. O governo estabeleceu que 400 mil toneladas de arroz podem entrar no País sem taxa, até o fim do ano, o que seria suficiente para conter a alta e não faltar nas prateleiras.

A tendência, como avaliam especialistas do mercado e do agronegócio, é de que não haja uma redução do preço do arroz a curto prazo, apesar de posições diferentes, como a da Conab. O brasileiro teria que lidar com dígitos mais altos ao menos até março de 2021, quando uma nova safra passaria a ser comercializada.

Enquanto o presidente Bolsonaro tenta se descolar de qualquer crise sobre o assunto – e faz apelos e discursos populistas para não se queimar –, o cidadão sente mais uma vez no bolso a falta de organização de um governo que vive a reagir, e não a evitar os percalços deste País.

O Liberal

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