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Santa Bárbara

Varal Solidário faz a diferença em comunidades barbarenses

Com o mote “Doe o que puder e pegue o que precisar” ação consiste em doar roupas, sapatos, brinquedos e produtos de higiene

Por Jucimara Lima

29 de julho de 2024, às 10h19 • Última atualização em 29 de julho de 2024, às 10h22

O Varal Solidário, idealizado pelos amigos e assistentes sociais José Estevan, 25, e Alex Andrade, 28, nasceu do desejo de fazer alguma diferença no mundo. Assim, após conhecer um projeto semelhante em São Paulo, em janeiro de 2023, promoveram a primeira edição da ação na Escola Municipal de Educação Infantil Charles Keese Dodson, no bairro Parque do Lago, em Santa Bárbara d’Oeste.

Basicamente, o Varal Solidário consiste em doar roupas, sapatos, brinquedos, produtos de higiene pessoal e tudo o que a coleta receber. “Nosso slogan é ‘Doe o que puder e pegue o que precisar’”, explica Estevan.

Amigos de faculdade, os assistentes sociais sempre sentiram o desejo de fazer algo pela comunidade, especialmente após passar por outros projetos sociais da cidade. “Quando a gente faz serviço social, a mente expande, sabe? O desejo de usar aquilo que se aprendeu fica ainda mais forte”, pontua Alex. “A ideia foi uma sugestão da minha mãe”, acrescenta Estevan.

Amigos se uniram para contribuir com a transformação de comunidades barbarenses – Foto: Leonardo Matos_Liberal

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Maturidade. Ao longo do tempo, os amigos, juntamente com vários outros voluntários, já promoveram cinco edições da ação social, que atualmente vai além da doação e envolve outras iniciativas culturais, esportivas e de saúde.

Alex explica que, apesar de a ideia ter começado como uma ação assistencialista, atualmente a essência mudou. “É aquela coisa, não dá para dar somente o peixe, tem que ensinar a pescar. Não vejo problema nesta ajuda imediata, mas como assistente social, a gente entendia que precisava ir além.”

Assim, tiveram a ideia de melhorar o projeto mediante parcerias. “Costumamos dizer que não existe o Varal sem parceiros”, argumentam.

Por essa razão, aproveitam a realização dos varais – que já se tornaram conhecidos – para levar outras ações às comunidades. “Já levamos capoeira, exposições de desenhos, ações voltadas à saúde. Enfim, entendemos que não é só doar roupas, também estamos sendo pontes para suprir outras necessidades.”

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Escolas são os ambientes escolhidos como cenários ideais para o Varal Solidário – Foto: Divulgação

Comunidades. Falando em comunidades, a escolha dos bairros que receberão o projeto, sempre realizado em escolas, também é avaliada criteriosamente. “Nossa ideia é impactar bairros mais marginalizados, porque são esses lugares que queremos ajudar a transformar”, explicam.

Do mesmo modo, realizar as atividades em ambientes escolares também é motivado por um propósito. “Escolhemos as escolas porque acreditamos que estes espaços devem ser ambientes de proteção. As famílias precisam entender que essas instituições são delas e devem ser ocupadas”, afirma Alex.

“Poder ver a comunidade envolvida e a alegria das crianças ao receber uma roupa, escolher o que querem, realmente é uma grande felicidade e dá uma sensação de missão cumprida”, acrescenta Estevan.

Expandir. Falando em missão, levar o Varal Solidário para outras cidades da região é um desejo dos dois. “Estamos estruturando e almejando ocupar outros espaços. Americana e Sumaré são pontos que desejamos atingir.” Para isso, uma das maiores demandas é a ajuda voluntária. “Precisamos de doações, mas também precisamos de gente. O trabalho começa desde o recolhimento do que o projeto arrecada até a triagem e distribuição. Então, é muita coisa envolvida.”

Mesmo cientes de que tudo isso demanda tempo, os amigos afirmam não enxergar o cenário por esse prisma. “Para mim é muito satisfatório. Não acho que estou perdendo tempo e sim ganhando tempo”, coloca Estevan. “Como assistentes sociais, faz parte de nossa propositura querer o bem social”, acrescenta Alex.

Ação só é possível graças a força voluntária de várias pessoas – Foto: Divlgação

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Varal na prática. Segundo os voluntários, as doações chegam de todas as maneiras, seja através de amigos e conhecidos, até por meio de contato via redes sociais, além do famoso “boca a boca”. Dispostos até a buscar as doações quando necessário, os rapazes só pedem para que as pessoas doem peças que realmente possam ser reutilizadas. “Pense: está em bom estado, ainda dá para usar, então, doe.”

De acordo com eles, pelas experiências anteriores, a maior demanda é por roupas de crianças. Para eles, um dos momentos mais especiais da ação é poder proporcionar às pessoas a experiência da escolha. “É muito legal ver a satisfação de alguém escolhendo algo de que gostou para levar para casa.”

Para quem se interessou pelo projeto e deseja doar ou até mesmo se voluntariar, saiba que a preparação para a próxima edição, que deve ocorrer em agosto em uma escola da Zona Leste, já começou.

Mais informações podem ser obtidas pelo Instagram @varalsolidariosbo. Já outra maneira de contribuir com o projeto é compartilhando esta matéria, pois, segundo os próprios idealizadores, “é uma forma de tornar o Varal mais conhecido e quem sabe poder inspirar outras pessoas a se mobilizarem também.” 

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