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JUSTIÇA

Tio que matou sobrinho em Santa Bárbara é absolvido quase 24 anos após o caso

Para os jurados, ficou reconhecida a tese de legítima defesa; Ministério Público afirmou que irá recorrer

Por João Colosalle

23 de setembro de 2024, às 07h16 • Última atualização em 23 de setembro de 2024, às 08h35

O Tribunal do Júri absolveu, na última segunda-feira (16), um tio que matou um sobrinho no bairro São Joaquim, em Santa Bárbara d’Oeste, em um caso que ocorreu há quase 24 anos. Para os jurados, ficou reconhecida a tese de legítima defesa. O Ministério Público afirmou que irá recorrer.

O episódio ocorreu em outubro de 2000. Segundo registros policiais da época, Adeildo Pereira de Lima, de 21 anos, morreu após ser atingido por uma facada dada pelo tio depois de uma discussão.

Fórum de Santa Bárbara d’Oeste – Foto: Arquivo/Liberal

Após a agressão, o tio fugiu, teve a prisão preventiva decretada e ficou cerca de 20 anos foragido. O processo do caso só foi retomado em 2020, quando o acusado procurou por advogados e decidiu se apresentar espontaneamente para responder à acusação. A Justiça, então, revogou a prisão preventiva e permitiu que ele respondesse em liberdade.

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Em depoimentos à Justiça, o tio relatou que havia acolhido o sobrinho, que era usuário de drogas e de bebida alcoólica. A morte de Adeildo ocorreu, quando, em certa ocasião, por conta do vício, o tio o expulsou após uma quantia em dinheiro que estava guardada em casa ter sumido.

Questionado, o sobrinho teria admitido que pegara o dinheiro e, durante uma discussão, acabou agredindo a tia com tapas e empurrão. O tio reagiu e houve uma briga entre os dois. Adeildo, segundo o relato do tio, teria saído de casa dizendo que buscaria uma arma.

Minutos depois, o tio foi ao encontro do sobrinho, armado com uma faca, temendo o que pudesse acontecer, segundo seu depoimento.

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Quando se encontraram, houve uma nova briga em que Adeildo acabou atingido por um golpe de faca. À Justiça, o tio disse que “não tinha a intenção de matar o sobrinho, pois o considerava um filho”, e se disse arrependido.

Apesar de outros depoimentos que davam outras versões para o caso, os jurados foram convencidos pela tese da defesa do tio durante o Tribunal do Júri realizado na última segunda-feira, no Fórum de Santa Bárbara.

“As economias do casal foram furtadas e a esposa do acusado foi agredida, mesmo estando doente. Ele foi tirar satisfação e, ao ser agredido, se defendeu como podia. Mostramos isso aos jurados, foi legítima defesa”, comentou o advogado William Oliveira, que representa o tio.

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