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Pela primeira vez desde 2001, Santa Bárbara termina 1º trimestre sem registro de homicídio

Especialista em segurança diz que diminuição dos crimes está diretamente ligada a políticas públicas e ações conjuntas de forças de segurança

Por Cristiani Azanha

27 de abril de 2024, às 07h50

Santa  Bárbara d’Oeste terminou o primeiro trimestre de 2024 sem registro de homicídio pela primeira vez desde o início da série histórica das estatísticas da SSP (Secretaria do Estado de Segurança Pública), em 2001.

Ronaldo Pontes Furtado, coronel reformado da PM (Polícia Militar) e especialista em segurança, analisa que desde o início dos estudos estatísticos, as marcas apontam o homicídio como o ápice da agressividade.

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No entanto, ele considera que a diminuição dos crimes está diretamente ligada as políticas públicas e ações conjuntas de forças de segurança, no reforço do patrulhamento, e ações preventivas de inteligência.

Santa Bárbara já chegou a registrar o pico de nove casos em 2005, e desde 2019 vinha mantendo e média de uma ou duas ocorrências no mesmo período.

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“Estudos revelam que o aumento da  violência está ligado a um efeito somatório do empobrecimento e desemprego, por exemplo. A ociosidade induz a prática de pequenos delitos como uso de drogas e furto, que desaguam nos mais graves como roubos, homicídio e latrocínio”, relata Furtado.

O secretário de Trânsito e Segurança barbarense, Rômulo Gobbi também entende que a área da segurança pública está interligada com as políticas públicas de educação, saúde, esporte/lazer e promoção social. 

Ele destaca que os investimentos nessas áreas, aliado as revitalizações de áreas públicas, resultam em melhorias na segurança pública.

“A segurança pública, em Santa Bárbara foi dotada de incrementos logísticos e humanos. Várias viaturas, novos e potentes armamentos e equipamentos, 236 câmeras de monitoramento fazem com que ocorram melhorias na prevenção de crimes, além de auxiliar na elucidação de delitos, propiciando para Polícia Civil elementos probatórios para identificar autorias. Isso tudo inibe o crime, pois traz a preocupação da punição certa, aliada a união das forças policiais, Guarda Civil, polícias Civil e Militar, que fortalecem os órgãos responsáveis”, completa Gobbi.

Produtividade policial

De acordo com a SSP, as forças de segurança prenderam ou apreenderam 10.677 infratores no interior paulista no primeiro trimestre de 2024.

Na região, casos aumentam de 9 para 16.

Os casos de homicídio nas cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) tiveram aumento de 9 para 16 na comparação entre os primeiros trimestres de 2023 e 2024, respectivamente, de acordo com a SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública) de São Paulo.

Americana se destacou pelo número de casos, que saltou de um para quatro assassinatos. Já Hortolândia totalizou quatro ocorrências no período em 2023, e seis em 2024, enquanto Sumaré subiu de três para cinco. Nova Odessa não teve registro no primeiro trimestre do ano passado, e agora somou um.

O delegado e professor de Direito Roberto José Daher entende que nem sempre a polícia tem condições de evitar esse tipo de crime.

“Muitos casos de homicídio estão ligados a acertos de contas, por conta de dívidas ou desentendimentos relacionados ao tráfico de drogas. Geralmente ocorrem em ambientes internos como residências ou estabelecimentos. A polícia não tem condições de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. No final é difícil de ser evitado, pois o agressor vai esperar o melhor momento para agir”, diz Daher.

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