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Região

Com queda no número de inscrições, Enem tem 8,7 mil da região neste ano

Alunos de escolas pública e particular relatam estratégias e desafios para enfrentar prova que abre caminho para faculdade

Por Maria Eduarda Gazzetta

21 de novembro de 2021, às 08h36 • Última atualização em 21 de novembro de 2021, às 08h37

Maria Clara, Fernanda, Jéssica, Evelise e Larissa, alunas da escola estadual Emílio Romi - Foto: Claudeci Junior - O Liberal

A preparação para os dois dias de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que acontecem neste domingo (21) e no próximo (28), começou há três anos quando Maria Clara Guilherme, de 17 anos, ainda cursava o primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Comendador Emílio Romi, em Santa Bárbara d’Oeste.

Maria Clara conta que a rotina é cansativa, mas para conquistar a vaga de medicina em uma universidade pública, é preciso estudar. “A nossa escola é período integral, então saio à tarde e vou para um curso técnico. Aos finais de semana, estudo muito”, diz ela.

A estudante conta que cursar medicina é seu sonho desde criança, mas está confiante para garantir sua vaga em um dos cursos mais concorridos do País.

Ela é uma das 8.778 estudantes de escolas de ensino público e particular da RPT (Região do Polo Têxtil) a prestar as provas do Enem. Este ano, o número de inscritos caiu pela metade, se comparado com 2020, quando 17.426 estudantes realizaram o exame.

A cidade com maior número de inscritos é Americana (2.587 de forma presencial e 280 digital), seguida de Sumaré (2.172), Hortolândia (2.058), Santa Bárbara d’Oeste (1.179) e Nova Odessa (502).

Fernanda Zanni, de 18 anos, também estudante do Emílio Romi, conta que a pandemia foi um divisor de águas na vida dela. “Eu realmente estudei. Acredito que [o período] dividiu bem os que os estudantes que queriam prestar [Enem e faculdade] e os que não querem”, comentou.

Ela conta que recebe muito apoio familiar para prestar o curso de geografia e que trabalhou para pagar um cursinho para conquistar a vaga de licenciatura. “Aqui na escola eles nos ajudam muito, mas este cursinho me ajudou ainda mais. Meus irmãos são espelhos para mim e me ajudam a estudar e pagar pelas provas”, concluiu Fernanda.

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Luma e Pedro, estudantes do Colégio Ilimit, particular – Foto: Claudeci Junior – O Liberal

ANSIEDADE. Se a teoria já está na “ponta da língua”, o psicológico pode afetar o estudante no momento da prova. Esse é o medo de Luma Queiroga de Souza, de 17 anos, estudante do Colégio Ilimit, particular, em Americana.

“Eu tenho medo do psicológico atrapalhar durante a prova. Então, é preciso lidar com o tempo do exame, controlar a ansiedade. Nos dias anteriores, eu evito pensar sobre o Enem, porque quanto mais eu penso, mais ansiosa eu fico”, relatou a estudante, que quer garantir sua vaga em um curso de história ou relações internacionais.

Colega de turma, Pedro Antônio Ambrósio Chiquitti, também relata que a dificuldade é controlar a calma. “O Enem é uma prova de resistência, então é preciso ter controle e tranquilidade para lembrar o conteúdo”, comparou ele, que também vai tentar história, além de geografia.

A prova deste domingo, primeiro dia, quando os estudantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação, não assusta os dois concorrentes, mas na semana seguinte, quando o conteúdo será matemática e ciências da natureza, traz um desconforto para os alunos, que garantem ter se preparado para o exame.

“Na escola sempre fazemos provas que já simulam o formato do Enem e outros vestibulares. Além disso, sempre estudamos em casa e revisamos o conteúdo, mas exatas sempre assusta”, disseram os dois.

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INGRESSO. As notas do teste podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Elas também são aceitas em mais de 50 instituições de educação superior portuguesas.

Além disso, os participantes do Enem podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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