Dinheiro público
Câmara de Sumaré é a que mais aumentou gastos na região em 2023
Apesar de alta de 18%, Legislativo sumareense tem menor despesa per capita, segundo dados do TCE; veja números das cinco cidades da RPT
Por Ana Carolina Leal
03 de abril de 2024, às 08h52 • Última atualização em 03 de abril de 2024, às 08h57
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/regiao/camara-de-sumare-e-a-que-mais-aumentou-gastos-na-regiao-em-2023-2145492/
A Câmara de Sumaré registrou o maior aumento de gastos na RPT (Região do Polo Têxtil) no ano passado. O total saltou de R$ 24,5 milhões, em 2022, para R$ 29 milhões, em 2023, uma alta de 18,5%, o que corresponde a um custo per capita de R$ 104,09 para os 279.545 habitantes. Os dados constam no Mapa das Câmaras, do TCESP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo).
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No entanto, apesar de ter tido o maior aumento, a Câmara de Sumaré segue com o menor gasto por morador. A primeira entre as cinco cidades da região com maior custo per capita é a Câmara de Hortolândia, que no ano passado consumiu R$ 33,6 milhões, 12,3% a mais que em 2022, quando os gastos somaram R$ 29,9 milhões. O valor representa um custo de R$ 142,03 para cada morador.
Segunda colocada no ranking em aumento, a Câmara de Santa Bárbara d’Oeste viu os gastos com manutenção e custeio do legislativo saltar de R$ 17,9 milhões para R$ 20,6 milhões, o que representa um crescimento de 15% e um custo por habitante de R$ 112,42.
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Mesmo tendo registrado um dos índices mais baixos de aumento – 11% – a Câmara de Americana custa para cada um dos 237.240 moradores da cidade, R$ 122,54, segundo maior gasto per capita da região. No ano passado, foram destinados R$ 29 milhões para custear as despesas do legislativo, quase R$ 3 milhões a mais do que os R$ 26,1 milhões dispensados em 2022.
Com 62.019 habitantes. Nova Odessa viu a soma dos gastos da câmara subir 10,6%, passando de R$ 6,2 milhões para R$ 6,9 milhões. O montante representa um custo per capita de R$ 111,59.
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O levantamento do TCESP abrange uma gama de despesas que incluem salários de vereadores e assessores, além de custos com manutenção e operação das câmaras, como contas de serviços públicos e aquisição de materiais de uso diário.
O que dizem as câmaras
As justificativas para os aumentos variam entre as cidades. Sumaré atribuiu o crescimento a investimentos em infraestrutura e na contratação de novos servidores, além da ampliação de benefícios aos funcionários.
Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa mencionaram reajustes salariais e investimentos em tecnologia como fatores contribuintes para o aumento dos custos.
As câmaras de Americana e Hortolândia não comentaram os dados.
Gasto das câmaras
Município | 2022 | 2023 |
Americana | R$ 26.168.727,28 | R$ 29.071.765,81 |
Hortolândia | R$ 29.924.742,24 | R$ 33.609.103,23 |
Nova Odessa | R$ 6.257.416,66 | R$ 6.920.645,81 |
Santa Bárbara | R$ 17.915.909,79 | R$ 20.612.717,03 |
Sumaré | R$ 24.547.334,95 | R$ 29.099.043,49 |
Total | R$ 104.814.130,92 | R$ 119.313.275,37 |
Custo por morador
Município | Habitantes | Custo per capita |
Americana | 237.240 | R$ 122,54 |
Hortolândia | 236.641 | R$ 142,03 |
Nova Odessa | 62.019 | R$ 111,59 |
Santa Bárbara | 183.347 | R$ 112,42 |
Sumaré | 279.545 | R$ 104,09 |
Número de vereadores por município
Município | Quantidade |
Americana | 19 |
Hortolândia | 19 |
Nova Odessa | 9 |
Santa Bárbara | 19 |
Sumaré | 21 |
Fontes: TCESP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e câmaras municipais