17 de outubro de 2024 Atualizado 22:51

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Crime da Mega-Sena

Vizinhos de ganhador da Mega-Sena vivem tensão após crime

Moradores do Jardim Rosolém relatam medo depois do homicídio de Jonas Lucas Alves Dias nesta semana

Por Cristiani Azanha

16 de setembro de 2022, às 08h00 • Última atualização em 22 de setembro de 2022, às 15h08

O clima é de tensão entre vizinhos do ganhador da Mega-Sena, Jonas Lucas Alves Dias, 55, que morreu nesta quarta-feira após ser encontrado ferido na alça de acesso da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101) para a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia.

Apesar de ganhar R$ 47 milhões em 2020, ele mantinha uma vida simples. Suas únicas aquisições foram uma caminhonete Fiat Toro e uma chácara em Conchal.

Uma vizinha, que não quis se identificar, disse que Jonas vivia somente com uma irmã e um irmão, em uma casa simples, no Jardim Rosolém. Outro morador, que também pediu para não ser identificado, disse que Jonas entrou em sociedade com um amigo em uma empresa.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

“Nós estamos com muito medo de tudo isso. Meu vizinho era uma pessoa extremamente boa e não tinha malícia. Tinha o costume de fazer caminhada pela manhã, sempre com roupas simples e muitas vezes descalço”, afirma a vizinha.

Um amigo de infância da vítima, que mora na mesma rua, afirmou que mal conseguiu dormir à noite, depois que soube do assassinato de Jonas. “Não dá para acreditar em tudo isso. Precisamos de leis mais sérias. Quem fez isso deve ser responsabilizado”, afirmou o homem, que também pediu anonimato.

“Infelizmente, a câmera de uma casa em frente à residência dele não grava. A gente suspeita que ele foi rendido após dobrar o quarteirão”, completa outra vizinha.

No início da tarde desta quinta, a casa da vítima continuava fechada. Alguns conhecidos relataram que a família disponibilizou um ônibus para levá-los ao velório que ocorreria no Memorial Park, em Hortolândia. O sepultamento acontece hoje, no Cemitério Municipal de Sumaré.

Coletiva da polícia nesta quinta-feira ofereceu mais detalhes sobre o caso – Foto: Marcelo Rocha / LIBERAL

Segundo informações do boletim de ocorrência do caso, os criminosos fizeram um Pix de R$ 18,6 mil e dois saques de R$ 1 mil da conta de Jonas, a partir de uma agência da Caixa Econômica Federal, localizada em Monte Mor. Também houve a tentativa de uma transferência de R$ 3 milhões, que não se concretizou.

Polícia Civil realiza análise de imagens

A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), ou homicídio, com várias qualificadoras. Apesar de o caso parecer como “sequestro”, ele não pode ser considerado dessa forma, porque não houve pedido de resgate para a família.

Durante coletiva sobre o caso nesta quinta-feira, o diretor do Deinter-9 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), Kléber Antonio Torquato Altale, disse que a polícia já teve acesso a algumas imagens. “Neste momento não podemos dar detalhes sobre o caso para não atrapalhar as investigações. Por enquanto, qualquer informação é prematura”, destaca.

A 3ª Delegacia de Homicídios da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba preside a apuração sobre o crime.
O delegado titular de Hortolândia, João Jorge Ferreira da Silva, ressalta que Jonas era uma pessoa humilde e não tinha seguranças.

“Ele não tinha o hábito de usar celular, no entanto, familiares entregaram um aparelho que era usado por Jonas e será periciado. A única certeza que temos, por enquanto é que se trata de um crime premeditado.”

DIREÇÃO. Com relação a uma possível gravação das câmeras da AutoBAn, concessionária responsável pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), onde Jonas foi encontrado ferido em uma alça de acesso, João Jorge completa que o equipamento instalado na região apontava para outra direção, e por isso o automóvel utilizado na ação pelos criminosos ainda não tinha sido localizado.

Publicidade