Um mês após o assassinato do ganhador da Mega-Sena, a Polícia Civil procura o último suspeito do crime, Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, o Vini, 22, que continua foragido. Ele foi flagrado pelas imagens das câmeras de uma agência de Campinas, onde um saque na conta da vítima foi feito.

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O diretor do Deinter-9 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), Kléber Antonio Torquato Altale, afirma que a investigação está praticamente finalizada. Outros quatro acusados já estão presos.

Jonas Lucas Alves Dias, 55, morreu no dia 14 de setembro, após ser encontrado ferido na alça de acesso da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101) para a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia. Ele, que ganhou R$ 47 milhões na Mega-Sena, em 2020, foi alvo de bandidos que tentaram roubá-lo a partir de transferências bancárias.

“Consideramos que a atuação da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) é de um trabalho focado e com muito profissionalismo. Assim como a apuração de outros crimes na região. No entanto, continua na tentativa de prender o último suspeito”, diz Altale.

A Polícia Civil já divulgou a foto de Vini. No entanto, a delegada da 3ª Delegacia de Homicídios da Deic, Juliana Ricci, que coordena a investigação, confirmou recentemente que mesmo após ter as imagens amplamente divulgadas pela mídia, Vini não foi visto.

“Suspeitamos que ele tem a ajuda de alguém e provavelmente fez alguma alteração visual”, relatou a delegada.

OUTROS PRESOS. A prisão mais recente, realizada pela Deic, ocorreu no último dia 7, no Jardim São Jorge, em Campinas. Marcos Vinícius, 22, que tem o mesmo nome do outro foragido, teria usado o próprio carro para transportar a vítima no dia do sequestro.

Também estão presos a transexual Rebeca (Samuel Messias Pereira Batista), 24, que teria emprestado seus documentos para abertura da conta usada para extorquir a vítima, Roberto Jefferson da Silva, conhecido como Gordão, e Rogério Spínola, ambos de 48 anos, que teriam aberto a conta.

Na última coletiva, realizada na semana passada, a delegada relatou que apesar das investigações estarem adiantadas não descarta as participações de outras pessoas.

“Por enquanto, não temos nada que configure que tenha um mandante do crime, mas sim uma organização criminosa cujo cada elemento teve uma função específica. Sabemos que a vítima ficou em poder deles por cerca de 20 horas, mas não temos conhecimento que ficou subjulgada dentro do carro mesmo ou em algum cativeiro”, completou Juliana.