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Crime da Mega-Sena

Ganhador da Mega-Sena assassinado foi rendido perto da sua residência

Óculos, boné e o par de chinelos que Jonas Lucas Alves Dias usava estavam nas proximidades

Por Cristiani Azanha

17 de setembro de 2022, às 08h22 • Última atualização em 22 de setembro de 2022, às 14h51

O ganhador da Mega-Sena, Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi rendido por criminosos a aproximadamente 100 metros da residência onde morava no Jardim Rosolém, em Hortolândia.

A informação é da delegada Juliana Ricci, titular da 3ª Delegacia de Homicídios da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais).

Delegada Juliana Ricci falou sobre o andamento das investigações da morte de Jonas Dias – Foto: Marcelo Rocha / Liberal

Jonas foi localizado ferido na alça de acesso da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101) para a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), em Hortolândia, na quarta-feira. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Mário Covas, mas não resistiu.

Na esquina da casa da vítima foram encontrados chinelo, óculos e boné que ele usava, na manhã de terça-feira.

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“Ele (Jonas) estaria caminhando, quando foi rendido, possivelmente por várias pessoas. Não temos como informar, nesse momento, quantos indivíduos participaram e se ocupariam mais de um carro”, afirma a delegada.

A Polícia Civil já teve acesso a imagens das imediações do local. No entanto, a delegada não adiantou se já houve identicação do carro usado pelos criminosos. A câmera da concessionária da AutoBAn estaria apontada para outra direção, quando a vítima foi abandonada às margens da rodovia.

O exame necroscópico constatou que Jonas morreu em decorrência de traumatismo craniano. Juliana reforçou que a principal hipótese é extorsão mediante sequestro, pois Jonas foi coagido a entregar seu cartão e senha aos criminosos.

Houve um saque de R$ 2 mil em uma agência no Centro de Monte Mor e foi feito um Pix de R$ 18,5 mil.

“Já pedimos na Justiça a quebra de sigilo bancário da conta da vítima e também do titular da conta que recebeu o Pix. Podemos relatar nesse momento que temos suspeitos, mas não anteciparemos outros pontos, visto que os responsáveis estão na rua e se perceberem que estamos próximos deles vão desaparecer”, relata a delegada.

Até esta sexta-feira, Juliana confirmou que oito pessoas foram ouvidas, incluindo os dois irmãos da vítima, além de dois ex-sócios.

“Eles sempre tiveram uma amizade próxima, pois trabalharam juntos em um estabelecimento. Quando recebeu o prêmio, ele usou uma parcela da quantia para montar uma empresa com os amigos. No entanto, em março deste ano decidiu deixar o negócio, pois dizia que não queria trabalhar e iria curtir a vida”, acrescenta a delegada.

Velório foi restrito a familiares e amigos

Aproximadamente 50 pessoas estiveram no sepultamento de Jonas Lucas Alves Dias, na tarde desta sexta-feira, no Cemitério Municipal de Sumaré. Seguranças que estavam no local não permitiram a aproximação de pessoas estranhas. O enterro ficou restrito somente aos familiares e amigos mais próximos.

O velório foi realizado no Memorial Park, em Hortolândia, onde houve a distribuição de pulseiras que permitiam o acesso, por uma entrada lateral, de apenas algumas pessoas. Depois, o corpo seguiu para Sumaré.

Uma amiga de Jonas, que preferiu não se identificar, afirma que o clima no bairro continua tenso. “Todos estão com medo de falar sobre o assunto, ninguém sabe o que aconteceu, quem são essas pessoas que fizeram essa crueldade com ele”, desabafa.

A vítima morava com os irmãos, de 68 e 65 anos. Uma prima da vítima afirmou que a irmã de Jonas era como uma mãe para eles. Segundo ela, eles eram muito unidos, pois já não tinham os pais, que são falecidos.

Além de dois saques de R$ 1 mil cada um e de um Pix de R$ 18,5 mil, na conta de uma agência da Caixa, em Monte Mor. houve a tentativa de transferência de R$ 3 milhões, que não se concretizou. Até o fechamento desta reportagem, ninguém foi preso.

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