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Americana

Sem aval da Vigilância para hospital de campanha, prefeitura reforça HM

Prefeitura descarta uso imediato do prédio da UBS Cillos e prepara “super hospital de campanha” no próprio HM

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18 de março de 2021, às 07h40 • Última atualização em 18 de março de 2021, às 08h50

A Vigilância Sanitária de Americana emitiu nesta semana um parecer desfavorável quanto ao uso imediato do prédio da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Avenida Cillos como hospital de campanha. Desde a última quinta-feira (11), a prefeitura tem centrado esforços para aumentar os leitos do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi.

Nas palavras do secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira, a ideia é montar um “super hospital de campanha”, só que dentro da estrutura do HM, para lidar com os casos do novo coronavírus (Covid-19). O plano foi anunciado pelo prefeito Chico Sardelli (PV) na última quinta-feira (11).

Hospital de Campanha foi montado na UBS Cillos no início da pandemia, em 2020, mas nunca foi ativado – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

O hospital de campanha na UBS Cillos foi montado no início da pandemia, em 2020, mas nunca foi ativado. A ideia era de que o prédio servisse de retaguarda para o HM em caso de elevação da demanda.

No momento em que a cidade vê o número de internações por Covid-19 bater recordes no HM, a UBS Cillos tem servido apenas para a vacinação por drive-thru.

Na quinta-feira passada, o secretário de Saúde participou da sessão da câmara para tirar dúvidas dos vereadores. Questionado sobre o hospital de campanha, Danilo ponderou que a ampliação que está sendo feita no HM supera a estrutura originalmente prevista para o prédio da Cillos.

O atual plano traçado para o HM visa alcançar 30 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que são aqueles com respiradores, e 30 de enfermaria. Nesse último, a meta já foi ultrapassada, com 35 ativos. Já sobre os de UTI, existem 18 na unidade.

Enquanto isso, a estrutura do hospital de campanha Cillos contaria com 18 leitos, dos quais 8 tinham respiradores. A capacidade instalada poderia ser ampliada para mais 12 leitos.

“Nós tínhamos em torno de 35 leitos de capacidade máxima quando se foi pensado em ampliar o hospital de campanha, que seria na unidade São José [Cillos], que tem capacidade de 12 leitos. Hoje, nós estamos falando de 60 leitos”, ressaltou Danilo.

Mesmo com o foco no HM, o secretário pediu para a Vigilância na quinta-feira um parecer técnico sobre a estrutura da UBS Cillos. Ele havia externado aos vereadores uma série de preocupações, como a ausência de uma rede de gases.

“O hospital de campanha, longe do HM, me preocupa na questão da manutenção da oxigenoterapia. Mas como eu disse, diariamente, eu, o prefeito, temos nos reunido e estamos vendo as possibilidades”, comentou Danilo na sessão.

Parecer
A avaliação da Vigilância confirmou as dúvidas do secretário. Na inspeção, os agentes verificaram que há necessidades de melhoria na estrutura do espaço, implantação da rede de gases, instalação elétrica de emergência, além de equipamentos e mobiliários.

“Por enquanto, o espaço mais adequado aos atendimentos dos casos de Covid-19 tem sido o Hospital Municipal, que possui excelente estrutura, suprimentos, recursos humanos e equipamentos necessários para a devida assistência”, informou a prefeitura.

O Executivo não deu um prazo específico para ativação dos 60 leitos no HM, mas o objetivo é viabilizar “o mais rápido possível”.

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“Nessa perspectiva, a gente tem um hospital municipal que, pode se dizer, que é um grande hospital de campanha, onde 60% da estrutura do HM será para Covid”, disse Danilo.

Paralelamente, a Secretaria de Saúde continua estudando a viabilidade de um local exclusivo para atender casos leves de síndrome respiratória. A medida exigiria um remanejamento de unidades e não há prazo para que o relatório fique pronto.

HospitalSem respiradorCom respirador
Hospital Municipal100%100%
São Lucas50%100%
São Francisco86%70%
Unimed100%100%
Porcentagem da ocupação de leitos em hospitais de Americana até esta quarta

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