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Americana

Saldo de novas empresas cresce 54% em Americana

Cidade registrou 1.746 aberturas de CNPJs no ano passado, contra 740 fechamentos

Por Ana Carolina Leal

28 de janeiro de 2022, às 08h32 • Última atualização em 28 de janeiro de 2022, às 08h33

O saldo de abertura e fechamento de empresas em Americana no ano de 2021 teve alta de 54% em relação a 2020. No ano passado, o município registrou a constituição de 1.746 empresas e a baixa de 740 CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), resultando em um saldo de 1.006. O número é maior do que o total de 2020, quando a diferença entre abertura e encerramento foi de 653 empresas.

Em 2020, segundo dados da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), foram constituídas 1.301 empresas e registradas 648 baixas. Cenário semelhante ao de 2019, quando foram abertas 1.401 empresas e fechadas 696, com um saldo de 705.

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Secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, Rafael de Barros credita essa alta a dois fatores macroeconômicos e um local.

“Vivemos, desde 2015, um período de baixa da atividade econômica. E como a economia funciona em ciclos, a nossa já tem a tendência natural de iniciar uma fase de alta, mostrada em 2021”, afirma o secretário.

O segundo fator, de acordo com ele, é o fato de a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) ter “segurado” a economia em 2020, o que gerou uma grande demanda reprimida para 2021. “Localmente, Americana foi muito bem em todos os quesitos econômicos, desde geração de empregos a saldo de empresas e arrecadação de impostos”, explica Barros.

Para a economista Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório da PUC-Campinas, também chama atenção o número de empresas que estão fechando as portas. “O que mostra ser uma atitude de sobrevivência e não necessariamente uma estratégia empreendedora pensada, estruturada, que está sendo montada a partir de uma dinâmica favorável da economia”, diz.

Segundo a especialista, na ausência de emprego formal, as pessoas têm buscado estratégias empreendedoras. “Mas essa economia não está sustentando uma demanda para essas microempresas na medida que se espera. A pessoa abre um café, por exemplo, mas não tem uma demanda tão grande”, argumenta.

Embora o mercado de trabalho esteja aparentemente andando e gerando empregos, afirma Eliane, sabe-se que são oportunidades informais e que muitos empresários estão fechando as portas.

Bruno Belluci Berardo é proprietário de rede com sete academias – Foto: Claudeci Junior – O Liberal

Na contramão do cenário, o engenheiro e empreendedor Bruno Belluci Berardo mantém atualmente sete unidades de uma rede de academia em operação, sendo seis delas inauguradas no ano passado, inclusive em Americana. Outras dez estão com as obras em andamento.

“Quando começou a pandemia, ficamos preocupados, mas, com a certeza de que retornaríamos e de que a população reconheceria a importância da atividade física, aceleramos as obras”, aponta Berardo.

COMÉRCIO. O setor de comércio foi o que mais registrou aberturas de empresas no ano passado em Americana. Segundo a Jucesp, 30,4% das empresas constituídas na cidade em 2021 se enquadraram no setor, que incluí também reparação de veículos automotores e motocicletas.

Na sequência aparecem atividades profissionais, científicas e técnicas (10,41%) e atividades administrativas e serviços complementares (10,06%).

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