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Projeto ‘Mãos do Bem’ promove diversas ações sociais para a comunidade

Trabalhos confeccionados pelas voluntárias oferecem sustento para vários projetos da Associação Espírita

Por Jucimara Lima

28 de outubro de 2024, às 11h09 • Última atualização em 28 de outubro de 2024, às 11h11

Grupo de voluntárias do projeto Mãos do Bem é formado por mais de 30 mulheres - Foto: Leonardo Matos_Liberal

Seguindo o lema do Espiritismo de que “fora da caridade não há salvação”, cerca de 30 mulheres se reúnem pelo menos duas vezes por semana, na Associação Espírita de Americana, localizada na Rua Olavo Bilac, 303, na Vila Jones. A proposta é colocar as mãos para trabalhar, o que faz jus ao nome do projeto “Mãos do Bem”.

Além delas, outras colaboradoras fornecem a mão de obra direto de seus próprios lares, inclusive, algumas são de outras denominações religiosas, comprovando que o amor ao próximo não carrega bandeira.

Para a coordenadora do projeto, Dione Rampazzo, 61 anos, o resultado do trabalho tem a energia positiva com a qual elas produzem cada peça. “Fico até emocionada, porque tudo é feito com muito carinho, como se fosse para um membro de nossa família”, pontua.

Divididas em grupo e em vários horários, elas costuram, pintam, bordam, fazem crochê, tricô e tudo mais que as habilidades manuais possam confeccionar. A alegria é visível, afinal, não faltam sorrisos e conversas – que elas brincam ser uma “terapia.”

Sustento. Os trabalhos confeccionados pelas voluntárias oferecem sustento para vários projetos da Associação Espírita, que já funciona há quase oito décadas e foi criada com o objetivo de se tornar um albergue noturno para pessoas que passavam pela cidade e não tinham onde se abrigar. “Foi o primeiro albergue de Americana.”

Com o tempo, a diretoria concluiu que a proposta inicial já tinha cumprido sua função e, assim, o espaço passou a se dedicar a outras atividades, como a distribuição de sopa noturna e o Centro Educacional Arlindo Valim – uma escola de educação infantil que atendia crianças do bairro e de outros projetos sociais.

Ações. De acordo com Dione, outro projeto que começou no passado e que até hoje faz parte de uma das prioridades da casa é a distribuição de cestas básicas. “Ao longo do período de pandemia, chegamos a distribuir mais de 130 cestas mensais e, atualmente, ofertamos o benefício para 80 famílias.”

Paralelo, a casa mantém iniciativas como as sacolas de Natal. “Esse ano vamos entregar um pano de prato pintado, como presente para as famílias. O item vai na sacola de TNT e acompanha as cestas que são bem fartas”.

Entre as ações mais tradicionais encabeçadas pelo departamento “Mãos do Bem”, estão ao menos três feiras beneficentes: a do Dia das Mães, a da Páscoa e a de Natal.

Programação. Segundo Dione, as feiras são realizadas para auxiliar na manutenção dos projetos. “Vendemos vários produtos, como jogos americanos, sousplats, toalhas de mesa, almofadas, capas para máquina de costura, enfeites, guardanapos, enfim, tem de tudo.”

Em 2024, a feira será realizada em três dias: sábado, 7 de dezembro, das 10 às 16 horas, e terça e quarta-feira, 10 e 11 de dezembro, das 18 às 20 horas.

Demandas. Outros três projetos considerados pelas voluntárias como as “meninas dos olhos” do departamento são a distribuição de enxovais doados para futuras mães em situação financeira desfavorável, a confecção de naninhas para crianças internadas no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi e as sacolas para pacientes de hemodiálise.

Dione explica que o enxoval atende pessoas cadastradas na ação solidária do departamento ou a partir de solicitações específicas. Completíssimo, ele conta com itens como sapatinhos de lã, mantas, toalhas de banho, cobertores, toalhas fraldas, cueiros, paninhos de boca, luvinhas, toquinhas, além de roupinhas, casaquinhos de lã, kit de higiene e muito mais. “Mandamos um amigurumi feito por uma das voluntárias, um bichinho de pelúcia e uma cartinha escrita à mão com uma mensagem espírita desejando um bom parto.”

Somado a isto, Dione conta que, quando percebem que a futura mãe está em um estado de extrema vulnerabilidade, aumentam as doações.

Já o projeto das naninhas começou em 2022, surgido a partir de uma solicitação da parte de assistência social do hospital. “As naninhas servem como um acolhimento para as crianças. Muitas de nós somos professoras e sabemos como é trabalhar com criança e quanto custa para o emocional delas uma internação. ”

Para finalizar, atendendo ao mesmo tipo de demanda, as voluntárias passaram a confeccionar sacolas para os pacientes de hemodiálise carregarem seus pertences durante as sessões. “Eles fazem o tratamento pelo menos três vezes por semana, três horas por dia, e a sala é climatizada, fica muito frio. Alguns que têm condições até levam uma malinha com cobertor, frutas e outros pertences, mas outros levam os pertences em sacolas de plástico.”

Mãos abençoadas. Para Lourdes Castelani, 62 anos, uma das voluntárias do projeto, o trabalho é inexplicável. “O maior objetivo é a caridade e a gente faz de coração. Isso vai muito além de uma simples doação, porque supostamente nós estamos fazendo algo para alguém que está precisando, contudo, é uma via de mão dupla e acredito que quem ganha mais somos nós.”

Curiosamente, muitas delas não sabiam fazer nenhum tipo de artesanato, porém, o desejo de ajudar falou mais alto. “As pessoas vão vendo onde se encaixam melhor, as mãos vão se agregando”, explica Dione. “Nada é feito por apenas uma pessoa. Todas as peças passam por várias mãos do bem, e isto é o que há de mais bonito”, acrescenta.

Membro antiga da casa, a voluntária Conceição Alonso, 61 anos, acredita que juntas, elas formaram uma família. “Gostamos de nos encontrar, compartilhar os trabalhos. São momentos únicos que temos e que, além de fazer o bem para o próximo, também fazemos para nós mesmas.”

Embora o clima seja fraterno, Dione faz questão de ressaltar que o projeto não é um clube social. “Estamos sempre pautados pela doutrina espírita, e quando assumimos o papel de voluntárias é compromisso. A gente vivencia o Evangelho, exercitando a tolerância com o próximo, a paciência, a perseverança e isto reflete nos projetos”, finaliza.

Mais informações no Instagram: @aea.associacaoespirita. As doações podem ser feitas pelo Pix 43.266.352/0001-04. 

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