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Americana

PF e Gaeco cumprem mandados de prisão em Americana e Campinas; operação acontece em seis estados

Operação mira quadrilha envolvida em roubos de cargas, tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro

Por Luciano Bianco

17 de outubro de 2024, às 09h44 • Última atualização em 17 de outubro de 2024, às 11h22

De acordo com a PF, a organização criminosa movimentou centenas de milhões de reais - Foto: Divulgação_PF

Agentes da PF (Polícia Federal) de Campinas e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público), deflagraram, na manhã desta quinta-feira (17), uma operação em seis estados do Brasil contra uma organização criminosa voltada a roubos de cargas, tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro. Um morador de Americana e dois de Campinas estão entre os suspeitos.

Segundo a PF, o grupo atua em diversas regiões do país, mas com maior foco no eixo Sudeste-Nordeste. Ao todo são cumpridos 19 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 380 milhões em bens e valores ligados à organização.

Em Americana, a ação contou com apoio do 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e um homem, de 55 anos, foi preso no Parque Novo Mundo. Em sua residência foram apreendidos um veículo, um revólver calibre 354, um revólver calibre 38, duas pistolas 9mm e munições.

Segundo relatório da PF, a ação teve início em 2022, após receberem a informação de que o líder da quadrilha, já investigado por crimes violentos no Nordeste e por ter encomendado um homicídio em Ribeirão Preto, estaria residindo em um condomínio de luxo em Campinas.

Eles deram início às buscas e, em junho daquele ano, conseguiram efetuar a prisão do suspeito, que tinha um mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 3ª Vara do Foro de Presidente Venceslau, SP, por prática do crime de roubo de carga de defensivos agrícolas.

Na ocasião ele conduzia uma picape Toyota Hilux, que teria sido adquirira com dinheiro em espécie e uso de uma identidade falsa. Após a prisão, foi realizada uma busca em sua residência, onde os policiais encontraram um cartão de banco usado por um outro integrante da quadrilha, um jammer (bloqueador de sinal de comunicação), notebook, aparelhos celulares, documentos e veículos.

Com apreensão de todos esses itens, PF e Gaeco iniciaram uma investigação contra a quadrilha, que apontou a existência de dois núcleos e resultou na Operação Ladinos desta quinta-feira:

  • Núcleo A: composto pelos que praticam crimes violentos, como homicídios e roubos de cargas e instituições financeiras, principalmente na região de Campinas;
  • Núcleo B: Composto por aqueles que atuam no tráfico de drogas, na receptação e na lavagem de dinheiro da quadrilha.

De acordo com a PF, a organização criminosa movimentou centenas de milhões de reais através de empresas de fachada, identidades falsas e laranjas para ocultar os seus ganhos com os mais diversos crimes.

Operação Ladinos foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) – Foto: Divulgação_PF

Operação Ladinos. Nome em referência à capacidade dos investigados no desenvolvimento de um complexo sistema de diluição e ocultação dos proventos do crime – é resultado do investimento da Polícia Federal em especialização de um grupo que trabalha em conjunto com o GAECO/SP e com outras forças da Segurança Pública, visando a desarticulação de organizações voltadas especialmente ao roubo de cargas e caminhões nas rodovias brasileiras.

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