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No Alvorada, família de cabritos une comunidade e vira distração a vizinhos
Moradores de bairro em Americana se dizem contentes com presença de animais na vizinhança
Por Jucimara Lima
04 de setembro de 2023, às 07h23 • Última atualização em 04 de setembro de 2023, às 10h39
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/no-alvorada-familia-de-cabritos-une-comunidade-e-vira-distracao-a-vizinhos-2018801/
A Rua Arco-íris, no Jardim Alvorada, em Americana, nunca mais foi a mesma desde a chegada de um cabrito, em 2021. A vinda do animal foi pelas mãos do empresário da construção civil Homero Novaes, de 43 anos, que sempre foi muito ligado à natureza.
Com a experiência na criação de cabras em Minas Gerais, ele sentia falta dessa convivência. Quando um amigo lhe ofereceu o Bito, nome dado ao cabritinho que hoje já é um bode, ele não pensou duas vezes e trouxe o caprino de Nova Odessa para seu terreno no bairro.
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“Cresci no meio dos animais e sentia falta de ter esse contato, porque a saudade é grande”, revela. Ainda assim, nem de longe o criador poderia imaginar que o local se tornaria ponto turístico no bairro.
Desde os primeiros dias, os moradores do bairro foram descobrindo a presença do Bito, como o casal Regina Gonçalves de Freitas Baptista, de 52 anos, e Paulo Cesar Baptista, de 55, um dos primeiros a se envolverem com o animal.
Apaixonada por caprinos desde a infância, a agente administrativa conta que foi criada com leite de cabra, porém, seu encanto com cabras e bodes lhe proporciona outras emoções. “Nasci em sítio e manter esse contato me remete a várias coisas boas da infância”, explica.
Segundo ela, o impacto da vinda do bode para a rua da sua casa foi tão positivo que até lhe curou de alguns problemas emocionais como a depressão, insônia e crises de ansiedade.
“Antes do Bito, tomava remédio para dormir e para ansiedade. Hoje, não preciso de mais nenhum. Eu acho que quando a gente precisa cuidar de alguém ou de algo, involuntariamente acaba ficando bem. É aquele lance de ocupar a mente. Além disso, como ele veio durante aquele período difícil da pandemia, nos ajudou a esquecer os problemas”, analisa.
Assim como Regina, a recepcionista Tatiane Roberta Tomas, de 40 anos, também tem um relato especial sobre o impacto do animal em sua vida.
“Me mudei para o bairro em plena pandemia, após me casar, então estava começando vida nova e tinha muito receio de perder meus pais. Fiquei com síndrome do pânico e com medo de gente. Os animais sempre me acalmaram e ver o Bito todos os dias, ajudar a cuidar dele, acabou me acalmando”, comenta.
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Família aumentando
Um ano depois da chegada do bode Bito, Homero presenteou os vizinhos com mais um membro para a família, a cabritinha Bita, que deu à luz a Jaiminho, há cerca de um mês.
“Esperávamos muito essa gestação. Na verdade, durante um tempo, não sabíamos se ela estava ou não, mas aí começaram a aparecer os sinais. Assim, redobramos os cuidados com a alimentação dele e o Homero, que é muito cuidadoso, providenciou vitaminas, aliás, os três são muito bem cuidados”, ressalta Regina.
Segundo o eletricista Paulo Cesar, a expectativa era para que viesse pelo menos dois cabritinhos, contudo, o Jaiminho valeu por mais. “Ele nasceu grandão e lindo. É muito fofo e parece que tem luvinhas nas patas”, derrete-se.
Assim como eles, outros moradores do bairro fazem questão de colaborar com os cuidados dos caprinos, especialmente no que diz respeito à alimentação.
“Desde o primeiro dia que vi o Bito passar pelo terreno virou hábito para mim. Mesmo sabendo que ele é bem nutrido e cuidado, gosto de trazer frutas picadas e cascas de legumes, porque sei que eles gostam. Além disso, fiz uma pesquisa para saber o que eles não podem comer”, pontua Regina.
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Bichos de personalidade
Observadores, os moradores juram que tanto o Bito quanto a Bita e até o próprio Jaiminho possuem personalidades próprias.
“Bita é muito carinhosa e dócil, já o Bito é mais ciumento e sua maneira de expressar amor é dando chifrada. Já o Jaiminho é um bebê que até fecha o olhinho quando a gente pega no colo, um amor”, apontam.
De acordo com Regina, a presença dos animais aproximou muita gente. “Fiz muitas amizades e hoje posso dizer que muitas pessoas que conhecemos por meio deles ficarão para sempre.”
Ciente do impacto que a família causou no bairro e até sobre esses laços que a presença dos caprinos ajudaram a estreitar, Homero garante que os animais ficarão na região por muito tempo. “A tendência é a família aumentar ainda mais”, finaliza.
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