Americana
Moradora de Americana perde R$ 5 mil ao cair em golpe do falso WhatsApp
Acreditando estar falando com a filha, mulher realizou cinco transferências via Pix para o golpista
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13 de julho de 2022, às 11h33 • Última atualização em 13 de julho de 2022, às 11h34
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/moradora-de-americana-perde-r-5-mil-ao-cair-em-golpe-do-falso-whatsapp-1798009/
Uma moradora do Jardim São Paulo, em Americana, de 58 anos, perdeu R$ 5.693,00 ao fazer cinco Pix para o golpista nesta terça-feira (12).
De acordo com informações do boletim de ocorrência, no período da tarde, uma pessoa entrou em contato com a mulher por WhatsApp, se passando pela filha dela. Apesar do número estar diferente, ela acreditou ser a familiar, pois o estelionatário contou que tinha deixado o aparelho do celular molhar e por isso estava com outro chip.
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Durante conversa, o golpista pediu que a vítima fizesse um Pix de R$ 985 Assim que fez a transferência a pessoa pediu um novo depósito, dessa vez de R$ 575, o que também foi atendido.
Mais tarde o estelionatário, ainda se passando pela filha, contou que o valor estava bloqueado na conta e pediu que ela transferisse R$ 2.133,00 e na sequência do recebimento, solicitou mais R$ 2 mil, o que foi prontamente feito.
Só a noite, após conversar com a filha, é que a mulher percebeu que tinha caído em um golpe. Ela esteve na delegacia de Americana para registro dos fatos. Um boletim de estelionato foi feito e o caso será investigado.
Entenda como funciona o golpe do WhatsApp clonado
Em uma série de crimes, golpistas têm clonado o WhatsApp de usuários e se passam pelo dono da conta para pedir que conhecidos da vítima façam uma transferência bancária emergencial.
Segundo um levantamento da PSafe, empresa especializada em cibersegurança, só entre janeiro e maio de 2022, foram detectados mais de 3,4 milhões de tentativas de golpes financeiros no Brasil pela internet – uma média de 22,5 mil por dia e cerca 930 por hora.
De acordo com a empresa PSafe, o golpe funciona assim: o hacker tenta entrar no WhatsApp com o número do alvo escolhido. Neste momento, um código de liberação é enviado pelo aplicativo para o celular da vítima.
Tudo que o criminoso precisa fazer é dar um jeito de enganar a pessoa para que ela lhe diga o código.
Ao digitar o código de liberação, o criminoso passa a ter acesso ao WhatsApp e à lista de contatos do alvo clonado, mas não às mensagens trocadas antes da clonagem – essas ficam armazenadas no celular clonado. O dono real do aparelho perde o acesso à conta.
Os bandidos então passam a abordar amigos da lista de contato do dono do celular, perguntando se estavam ocupados e pedindo que fizessem uma transferência.
DICAS
O WhatsApp recomenda a ativação da verificação em duas etapas. Se a conta foi roubada, é preciso entrar de novo no WhatsApp e inserir o novo código de segurança recebido pelo SMS. A pessoa que estiver usando a conta indevidamente será desconectada.
Porém, se o WhatsApp pedir o PIN (senha criada ao ativar a confirmação em duas etapas), então é possível que o golpista tenha ativado a medida de segurança. É preciso aguardar sete dias para poder acessar a conta sem o código.
Não passe seu código de confirmação, recebido por SMS quando se instala o WhatsApp, por exemplo, para ninguém.
Troca de aparelho
Outro golpe comum que tem ocorrido com bastante frequência e menos engenhoso que o anterior, em que o hacker precisa conseguir o número de segurança, é quando o estelionatário, com um número frio, se passa por algum familiar.
Nesse caso, o golpista coloca como perfil do WhatsApp os dados de algum parente e, se passando pelo familiar, dispara mensagens avisando que teria trocado de número por algum motivo.
Após pedir para o familiar salvar o novo número, o golpista inicia a conversa e pede para transferir dinheiro ou pagar alguma conta que está em aberto, justificando estar sem dinheiro ou sem acesso a conta no momento. Nesse caso, sempre busque confirmar pessoalmente ou com chamada em vídeo com a pessoa antes de fazer alguma transferência. Também vale verificar se a conta para qual está transferindo o dinheiro realmente pertence ao familiar, caso contrário, fique alerta para o golpe.