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Notícias que inspiram

Memórias de uma recuperada da Covid: a história de um milagre

Jéssica Fernanda de Oliveira Ribeiro, de 33 anos, recebeu alta hospitalar após passar 82 dias internada no Hospital das Clínicas da Unicamp

Por Jucimara Lima

17 de julho de 2023, às 11h31

Atualmente, Jéssica está em recuperação e comemora cada pequena vitória - Foto: Junior Guarnieri - Liberal.JPG

No dia 17 de agosto de 2021, quando a comerciante Jéssica Fernanda de Oliveira Ribeiro, de 33 anos, recebeu alta hospitalar após passar 82 dias internada no Hospital das Clínicas da Unicamp – dos quais 72 internada na UTI – em consequência da Covid-19, ela foi notícia no LIBERAL.

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Naquele momento, apesar da alegria de sair do hospital e vencer não apenas a doença infecciosa, que naquele ano matou mais de 420 mil brasileiros, como duas pneumonias, embolia pulmonar, além de uma bactéria super resistente, ela e a família sabiam que teriam uma longa jornada.

Recentemente, o LIBERAL esteve na loja da comerciante, localizada na Cidade Jardim. Sorridente, Jéssica nos recebeu em seu ambiente preferido, fruto de muito trabalho e resultado de seu sonho de empreender, que começou com ela levando sacola de porta em porta, e que hoje, além de ter sede física, faz sucesso no universo online.

Fruto de um Milagre. Para Jéssica, estar de volta a uma rotina, mesmo que diferente da que ela tinha antes da doença, já é uma vitória, afinal, ela continua em fase de recuperação.

“No começo, precisei reaprender a falar, comer, andar, ainda hoje têm algumas coisas que não consigo fazer. Sinto uma certa fadiga, as pernas ficam dormentes, mas estou na luta. Sinto que sou um exemplo de superação. Tanto, que há quem diga que não acreditava em Deus e que só passou a crer depois da minha história”, comentou.

Episódios Marcantes. Entre as poucas lembranças que Jéssica tem da época de internação, o caso de uma senhora que faleceu em um leito ao seu lado a marcou muito.

“Eles a colocaram em um saco preto e ali ela ficou até a família chegar pela manhã. Passei a madrugada com ela morta ao meu lado. Confesso que essa lembrança e a das pessoas gritando por socorro me atormentam até hoje. Depois daquilo, acabei até piorando, porque eu ficava pensando: todo mundo está morrendo, por que comigo será diferente?”

Ao mesmo tempo, o amor e apego pela família a faziam pensar o contrário. “Na minha cabeça, eu pensava: eu vou voltar, eu preciso voltar, eu não posso deixar minha família aqui. Eu pedia: Deus, não me deixe morrer, eu tenho muito o que cumprir e eu preciso ver o sonho da festa de 15 anos da minha filha acontecer”, lembra.

Refletindo sobre tudo que aconteceu, Jéssica não tem dúvida de que estar viva é um milagre.”Tive muitos problemas e os médicos chegaram a cogitar um transplante de pulmão e até a minha morte cerebral chegaram a avaliar, então, o que Deus fez na minha vida, não tem explicação. Meu caso foi tão grave que a Unicamp quer até me estudar”, brinca.

Realização do Sonho. Pedido feito, pedido atendido. Assim, mesmo que diferente do que ela imaginava, o sonho se realizou na celebração do aniversário de 16 anos da filha Lorrainy. Durante a festa, presenciado por amigos e familiares, Jéssica, o marido Mateus Garcia e a filha, comemoraram muito o momento. “A maior emoção do evento foi o momento que desci as escadas acompanhada deles. Foi realmente muito especial”, recorda.

Um dos momentos mais emocionantes da vida da família foi a festa de 16 anos da filha – Foto: La Vie Fotografia

A comerciante voltou ao trabalho cerca de um ano após a alta e atualmente divide seu tempo entre os tratamentos que ainda faz e o desejo de continuar expandindo os negócios e curtindo a família. Além disso, o objetivo é levar sua história para outras pessoas, inclusive pelo fato de que até hoje muita gente se manifesta nas redes sociais querendo saber como anda sua vida.

“As pessoas torceram e oraram muito por mim. Por isso, quero que todos acreditem que quando a gente tem fé, vence. Então, quero inspirar especialmente as pessoas que estão passando por alguma dificuldade a terem esperança, porque quando Deus quer, tudo passa”, finaliza. 

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