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Covid-19

Levantamento mostra que Americana dispõe de 63 leitos de UTI

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a capacidade do setor público e privado será ampliado conforme a necessidade

Por Marina Zanaki

02 de abril de 2020, às 09h49 • Última atualização em 02 de abril de 2020, às 17h15

A rede de saúde de Americana, incluindo os setores público e privado, possui 63 leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva). Deste total, são 36 espaços de adultos, seis infantis e mais 21 neonatais. O levantamento foi feito pela Secretaria de Saúde após uma reunião com representantes dos hospitais particulares da cidade, na semana passada.

Na ocasião, foi solicitado um levantamento completo dos leitos de UTI disponíveis por conta do novo coronavírus (Covid-19). O número foi divulgado nesta quarta-feira pela prefeitura a pedido do LIBERAL.

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Em nota, a prefeitura explicou que o Hospital Municipal dispõe de 10 leitos de UTI destinados aos pacientes graves contaminados com o coronavírus, e que até o momento nenhum paciente ocupou leito dessa ala.

Nos hospitais particulares, dois leitos de UTI infantil estão ocupados.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que a capacidade do setor público e privado será ampliado conforme a necessidade.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Espaço do Hospital Municipal já está preparado para receber pacientes do novo coronavírus

O infectologista Arnaldo Gouveia Junior, que faz parte do Comitê de Crise criado para adotar medidas de combate ao coronavírus na cidade, lembrou que os hospitais privados já interromperam as cirurgias eletivas para deixar os leitos livres.

No setor público, ele citou que Americana possui duas estruturas que poderiam ser usadas para ampliação, que é o prédio do antigo Hospital Infantil André Luiz e o anexo do Hospital Municipal.

“Mesmo que viessem os respiradores, equipamentos todos, o problema é conseguir nessa altura profissional para trabalhar e preencher rapidamente”, afirmou o médico.

Saiba tudo sobre o coronavírus, o que ele provoca e como se prevenir

O infectologista informou que ainda não é possível dizer como a doença vai se comportar no interior. Ele traçou algumas estimativas em relação ao número de leitos necessários caso a Covid-19 infectasse, por exemplo, metade da população de Americana.

“Se pegar como em lugares que tivemos muitos casos é claro que a estrutura não será suficiente. Se nesses próximos três meses metade da população de Americana for infectada, e dessa metade 1% for para a UTI, são mais de mil leitos. Se for meio por cento são 600”, estimou. “E os pacientes não entram na UTI e saem rapidinho. Tirando as pessoas que morrem, os internados ficam de três a quatro semanas”, observou.

“Por isso a questão dessa coisa chata da quarentena, que a turma não gosta. Infelizmente, mesmo com essas medidas, idosos vão acabar morrendo disso. Mas se conseguir distribuir no tempo, vai morrer menos porque vai conseguir dar atendimento de qualidade para todos”, explicou o profissional.

Casos

Americana tem, até o momento, dois casos confirmados da doença. Um dos pacientes é o empresário Gustavo Azzolini, de 41 anos, que foi declarado como curado pela prefeitura nesta segunda-feira.

O segundo caso positivo é um homem de 70 anos internado em um hospital privado na capital paulista. A cidade investiga outros 35 casos e uma morte com suspeita da Covid-19.

Na RPT (Região do Polo Têxtil), há cinco casos confirmados. Além dos de Americana, há um homem de 38 anos de Hortolândia, mais um homem de 31 anos que mora em Sumaré e outro caso em Nova Odessa. Esse último foi informado pelo Estado, mas a prefeitura não foi notificada e não havia informações do paciente. Na região, são 264 casos suspeitos e 10 mortes com investigação.

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