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Covid-19

Apae se adapta para manter atendimentos em Americana

Apae completa 52 anos de atuação em Americana e permanece com atendimentos à distância em meio à pandemia do novo coronavírus

Por Isabella Holouka

22 de abril de 2020, às 09h38 • Última atualização em 22 de abril de 2020, às 09h39

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Em casa, a artesã Mariana Santana Santos, moradora do bairro Monte Verde, em Americana, utiliza as orientações passadas pela equipe da Apae ao cuidar do filho Gabriel Santana, de 7 anos

A Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) completa 52 anos de atuação em Americana, neste mês de abril, em meio a desafios e aprendizados. Apesar da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a instituição continua atendendo cerca de mil usuários, de todas as idades, em programas de educação especial, inserção no mercado de trabalho, assistência social e médica. Para garantir a segurança de toda a comunidade envolvida, os atendimentos são feitos remotamente.

“É um período de medo e incerteza, principalmente para aquela pessoa que depende realmente de um serviço prioritário, um atendimento onde há ganho diário de qualidade de vida. Então temos um trabalho muito grande com a família, para amenizar esse período e deixá-los bem em casa”, comenta a coordenadora de comunicação da instituição, Quelis Zaccardi. Muitos dos atendidos também estão em grupos de risco.

A diretora de desenvolvimento social Lucia Helena Maciel Cézar Ferreira explica que a equipe técnica da APAE entra em contato semanalmente, monitorando e identificando necessidades, passando atividades e garantindo a assistência adequada. “Continuamos com o trabalho que a gente fazia”.

Assim tem sido com o pequeno Gabriel Santana, de 7 anos, morador do bairro Monte Verde, em Americana. A mãe, Mariana Santana Santos, artesã de 24 anos, conta que o aprendizado na instituição e as orientações no dia a dia são fundamentais para o desenvolvimento da criança, que é atendida desde os dois anos.

“Faz falta na rotina dele, tem vez que ele fica um pouco mais agressivo, em outros dias ele está mais calmo. A piscina acalma bastante, é o que ele está sentindo mais falta no momento”, conta ao LIBERAL.

Gabriel é assistido por fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicóloga e faz aula de natação. A mãe aplica os conhecimentos adquiridos, usa as atividades passadas pela equipe da Apae e desenvolve brincadeiras e atividades com Gabriel e o irmão, de 3 anos.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Mauro é atendido pela Apae desde os 15 anos e agora está no programa de inserção no mercado de trabalho

Além de se mostrar importante para a manutenção do bem-estar das famílias atendidas em suas casas, a Apae também é fundamental na conscientização necessária para evitar o contágio pelo novo coronavírus. É o que relata Maria de Lourdes Alves Thomé, produtora de hortaliças de 53 anos e mãe de Mauro Cezar Alves Thomé, de 29 anos.

Mauro é atendido pela Apae desde os 15 anos, agora está no programa de inserção no mercado de trabalho e continua em atividade durante a quarentena, trabalhando como estoquista de uma loja de cosméticos de Americana. No período da pandemia, ela recebe ligações semanais da equipe da Apae para auxílio no dia a dia.

“É um atendimento essencial, não tem o que reclamar. Para mim é um trabalho muito especial e gratificante. Elas [as profissionais] têm uma dedicação enorme pelos meninos”, conta a mãe.

A Apae continua arrecadando doações para a manutenção da instituição e também para encaminhar às famílias assistidas. Podem ser doados materiais de higiene e limpeza, bem como alimentos, que serão encaminhados em cestas básicas para as famílias atendidas.

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