18 de outubro de 2024 Atualizado 09:10

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Notícias que inspiram

Cães da Guarda treinados para servir

Conheça o dia a dia desses animais mais que especiais que são integrantes ativos da GAMA

Por Jucimara Lima

04 de setembro de 2022, às 10h42

A base da Romu (Ronda Ostensiva Municipal) de Americana, no Frezzarin, é também o local em que reside alguns “guardas” muito importantes para garantir a segurança da cidade: os seis cães do Canil da Gama (Guarda Municipal de Americana). Extremamente eficientes, esses animais prestam serviços de busca, ataque e patrulhamento, faro e busca e o chamado show dog, ou seja, as apresentações.

Além de prestarem um trabalho de excelência, os cães também são companheiros fiéis de seus condutores, como explica o patrulheiro Sandro Bueno, de 47 anos, que há 11 atua nesta área.

“Sempre tive muito contato com animais, além de um amor indescritível pelos cães. Assim, acabei ingressando no Canil”, comenta.

Em formação um esquadrão mais que especial tendo como destaque o “grandalhão” cão Duque (ao centro) e o carismático Bolt ( último da direita) – Foto: Marcelo Rocha – Liberal.JPG

Para o subinspetor Ademilson Fernandes, um dos responsáveis pela coordenação das atividades no Canil, esses cães cumprem a importante missão de suprir as necessidades do dia a dia da cidade. Aos 54 anos, ele já está há 27 na guarda, dos quais 15 atuando com cães. “Trabalhar com esses animais é um prazer para nós”, ressalta.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Sobre as Raças. Os cães costumam chegar ao canil por meio de doação ou compra. Eles esclarecem que, embora algumas raças sejam mais indicadas pelas características comuns de personalidade, a escolha do animal também depende da função que ele ocupará.

O caçula da matilha, por exemplo, é um bloodhound, conhecido por ser um cão muito utilizado para farejar animais feridos ou pessoas desaparecidas. Com um ano e meio, Duque chegou à Gamacom apenas três meses. Atualmente, ele pesa 50kg e, apesar de grande, ainda crescerá mais. Em treinamento, ele já passou por algumas etapas, tendo inclusive participado de uma ação em Paulínia, na busca de um idoso desaparecido.

Segundo Sandro, o processo dos cães é dividido em três etapas: adaptação, socialização e treinamento. Em contrapartida, o treinamento varia entre inicial, intermediário e avançado. “Garoto esperto”, Duque já está no intermediário e logo será um cão 100% habilitado para seu serviço. No momento, mesmo estando apto para o trabalho das buscas primárias, ele ainda precisar passar por um aperfeiçoamento. “Nessa segunda fase, que é aquela onde envolve estágio de morte (decomposição, putrefação ou esqueletização), ele ainda precisa evoluir”, diz Sandro.

Além deles, o Canil conta com cães da raça pastor belga malinois, pastor alemão capa preta e o Bolt, um border collie. Essa variedade de raças tem motivo. “O malinois é imponente, tem um porte físico adequado para ações policiais. Além disso, ele é ágil, por isso acaba sendo muito utilizado como cão de ataque. Já o pastor alemão costuma ser um cão de bom comportamento, então, como cão policial ele não costuma dar muito trabalho. Já o border collie é o cão do momento para apresentações, além disso, as crianças adoram porque ele é muito dócil”, explica o guarda.

O caçula da matilha, por exemplo, é um bloodhound, conhecido por ser um cão muito utilizado para farejar animais feridos ou pessoas desaparecidas – Foto: Marcelo Rocha – Liberal.JPG

Rotina de Cães e Adestradores. Apesar dos trabalhos diferirem, o início do dia dos seis cães começa da mesma maneira. Depois, cada um vai para seu treinamento específico. O Duque, por exemplo, é um cão de poucos comandos de obediência. “Ele é treinado especificamente para a busca, então, quando você monta ele com o colete e a guia longa de 5 metros, ele entende que chegou a hora de trabalhar”.

Para poder oferecer o melhor treinamento para os cães, além do aperfeiçoamento do conhecimento, por meio de cursos, os guardas se mantêm atualizados, assim como buscam ter um bom preparo físico.

“Precisamos ter boas condições para lidar com os cães. Muitas vezes ficamos horas em atividades e eles são muito rápidos. Precisamos acompanhá-los”, justifica.

Aposentadoria. Normalmente, o tempo de serviço desses animais gira em torno de oito anos. Como os vínculos criados entre os animais e seus condutores costumam ser fortes, quando eles se aposentam, os adestradores têm prioridade para serem seus tutores. Sandro, por exemplo, é o tutor de um ex-companheiro de trabalho, o pastor alemão Hércules, que depois de muitas missões, hoje só brinca e curte a vida. “Ele é um membro da minha família”.

Experiência com Duque. Após a entrevista, nossa equipe participou de uma simulação de busca. Depois de sentir o odor da capa de proteção do meu celular, em menos de três minutos, Duque refez todos os caminhos por onde estive, começando pelo lugar em que sentei para fazer a entrevista. Eficiente, ele logo me encontrou escondida em um vestiário em construção, para orgulho do adestrador.

Show Dog. O cão Bolt chegou em 2017, e aos cinco anos costuma gerar encantamento por onde passa. Mascote da Gama, ele é responsável pela interação com a população. O subinspetor Fernandes conta que o animal acaba sendo usado para ajudar a passar informações, por isso, sua função além de recreativa também é educativa. “Recebemos várias solicitações e o Bolt também acaba atuando como cãoterapia”, pontua.

GAMA Adestra. Falando em educação, o programa Gama Adestra, criado para ajudar pessoas que não possuem condições de financiar o adestramento para seus cães, estará de volta agora em setembro. As inscrições já estão abertas. O programa consiste em quatro aulas teóricas e quatro aulas práticas nas quais os tutores aprenderão dicas de como educar seus animais.

SUGIRA E COLABORE
Se você conhece uma boa história que todo mundo merece saber, conte para a gente. Ela pode virar uma reportagem no LIBERAL.

Publicidade