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Força Natural

Americana tem alta de 57% no volume de raios

Cidade foi atingida por 2,3 mil raios em 2019; quantidade de raios é uma medida indireta da severidade de uma tempestade

Por Marina Zanaki

30 de janeiro de 2020, às 08h03 • Última atualização em 30 de janeiro de 2020, às 08h45

Americana foi atingida por 2,3 mil raios em 2019. O número é 57% maior do que o registrado em 2018, quando foram contabilizados 1.460 raios nuvem-solo (ou seja, que atingem a superfície) na cidade. Nos anos de 2017 e 2016 ocorreram, respectivamente, 1.380 e 2.250 raios na cidade.

Os números constam de levantamento feito pelo Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão do governo federal. Tais dados são fornecidos pela rede BrasilDat, operada com exclusividade pelo Elat.

Foto: Arquivo / O Liberal
Eletrificação das nuvens acontece quando partículas de água são levadas a altos níveis atmosféricos

Meteorologista do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), órgão da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Bruno Kabke Bainy explica que a quantidade de raios é uma medida indireta da severidade de uma tempestade.

Esse número, por exemplo, não tem relação direta com quantidade de chuva e temperatura. Contudo, ele está relacionado à carga elétrica das nuvens que pode ser influenciada durante uma tempestade.
“Essa diferença que se tem de 2018 para 2019 não necessariamente significa que os raios foram mais bem distribuídos ao longo do ano. Podem ter sido um ou dois eventos que causaram esse pico, essa diferença”, ressalva o meteorologista.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Árvore atingida por raio na Rua Pamplona, no Jardim Bertoni, em Americana, na última terça

COMO FUNCIONA

Bainy lembra que a eletrificação das nuvens acontece quando partículas de água são levadas a altos níveis atmosféricos, e que a colisão entre essas partículas promove a transferência de cargas elétricas. Quando a eletrificação fica muito intensa, ela rompe a rigidez elétrica do ar e acontece a descarga.

SUSTO

A tempestade que atingiu Americana durante o final da tarde da última terça-feira derrubou, pelo menos, 30 árvores. Uma delas fica na esquina entre as ruas Granada e Pamplona, no Jardim Bertoni.

A autônoma Gleice Keli Romeiro Morais, de 36 anos, acredita que a árvore tenha sido atingida por um raio. Ela passou por essa esquina quando retornava para casa e observou que, mesmo sem vento, os galhos caídos ainda estavam balançando.

“Foi um raio que pegou, está inteirinha preta, os galhos dela na rua. Assustei na hora que parou a chuva e fui olhar da altura que ela caiu”, conta a autônoma.

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