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Americana confirma oitavo óbito e iguala ano com mais mortes por dengue

Município registrou oito óbitos em 2024, mesma quantidade de 2022 inteiro; especialista vê número de sorotipos como principal causa

Por Lucas Ardito*

30 de julho de 2024, às 08h06

A quantidade de mortes pela dengue em Americana, em 2024, é a maior já registrada na cidade, se igualando ao ano de 2022. Na última semana, foi confirmado o oitavo óbito pela doença.

Diferente de dois anos atrás, no entanto, o número de casos é menor, o que poderia indicar uma temporada com um vírus mais agressivo da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Em 2022, Americana registrou oito mortes e 4.302 infecções confirmadas. Já neste ano, o mesmo número de óbitos se deu em pouco mais de 4 mil casos, de acordo com dados da prefeitura e do governo estadual. Os números em 2024, porém, ainda podem aumentar, já que cinco óbitos estão sob investigação.

Americana iguala ano com maior número de mortes por dengue, com oito óbitos – Foto: Image by jcomp on Freepik

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A morte mais recente foi a de uma mulher de 47 anos, moradora do Jardim da Balsa 2, que faleceu em 6 de julho. Ao todo, os óbitos na cidade foram de seis mulheres e dois homens, entre 39 e 82 anos.

Sorotipos em circulação

De acordo com a infectologista Ártemis Kilaris, a quantidade de atendimentos de pacientes tem diminuído gradativamente nas últimas semanas. Para ela, a principal causa da estatística elevada de mortes diz respeito ao número de sorotipos circulando no município.

“Porque a gente teve um número alto de casos e de óbitos não tem muita explicação. Vemos que é algo bem sazonal, então a cada dois anos a gente tem uma epidemia de dengue. Talvez neste ano o que tenha contribuído para o aumento de casos e casos mais graves é que tivemos dois sorotipos do vírus circulando”, disse ao LIBERAL. 

“Cada pessoa pode ter até quatro dengues, porque são quatro sorotipos. Se nesse ano havia dois sorotipos circulando, mesmo que a pessoa já tenha tido uma dengue, tinha chance de ter novamente porque havia dois sorotipos circulando”, completou a especialista.

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Procurada, a Prefeitura de Americana afirmou que tem se empenhado no combate ao mosquito transmissor com campanhas e ações socioeducativas. Segundo o município, desde fevereiro foram visitados mais de 70 mil imóveis e retiradas cerca de 12 toneladas de materiais considerados potenciais criadouros. 

A Vigilância Epidemiológica, por sua vez, informou que estão circulando em Americana os sorotipos 1, 2 e 3 – com maior incidência do tipo 1. Apesar disso, afirma que não houve nenhuma constatação sobre maior agressividade atribuída a um dos tipos.

Região

Na RPT (Região do Polo Têxtil), a cidade com mais mortes registradas é Sumaré, com 14. Em seguida aparece Americana, com oito; Santa Bárbara d’Oeste, com seis; Hortolândia, com cinco; assim como Nova Odessa, que registrou três óbitos. 

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Confira o número de mortes na região

CidadeMortesMortes em investigaçãoCasos
Americana854.106
Hortolândia542.872
Nova Odessa333.796
Santa Bárbara625.924
Sumaré1436.673
Fonte: Painel de monitoramento da dengue

*Estagiário sob supervisão de Diego Juliani.

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