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Notícias que inspiram

Acofam é exemplo da força que nasce da união

Fruto do trabalho de muita gente engajada, a Acofam promove ações sociais que possibilitam às pessoas voltarem a sonhar

Por Jucimara Lima

17 de outubro de 2021, às 09h02

Falar da Acofam (Associação Comunidade da Família) de Americana, uma entidade que nasceu do desejo de membros da Igreja Evangélica Comunidade da Família de promover transformações sociais, é também listar uma série de projetos e ações que beneficiam diversas pessoas em situação de vulnerabilidade social, espalhadas por toda a cidade.

Mais do que movidos pela fé, os voluntários (cerca de 35 pessoas) têm como combustível o amor ao próximo somado ao desejo de fazer a diferença.

Comemorando oito anos de atuação, segundo a assistente social Rutineia Sanches Limeira, de 45 anos, a entidade é mantida por meio de doações e voluntariado.

Parte da equipe de voluntários da Acofam – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Atualmente, a Acofam é presidida pelo comerciante José Pedro Miranda, de 49 anos, e atende a cidade a partir de avaliação socioeconômica. “Esse é um trabalho que a gente faz com muito amor”, comenta o presidente, que estreou como voluntário na própria entidade.

“Temos muitas coisas para fazer aqui, sempre precisamos de muita mão de obra. No momento, estamos correndo atrás do reconhecimento de utilidade pública para a entidade para poder receber verba pública”.

Assim como ele, para a técnica de enfermagem Gislene Pereira, de 42 anos, prestar serviços voluntários na Acofam tem sido muito gratificante.

“É minha primeira experiência e sinto uma alegria muito grande em ver a satisfação nos rostos das pessoas”, pontua ela, que também ajuda a cuidar da sala dos bebês, trabalha com costuras, entre outras atividades.

Segundo os representantes da entidade, uma das maiores necessidades é justamente a de alguns profissionais voluntários. “Nós precisamos de psicólogos, fonoaudiólogos, ginecologistas, pediatras, cabeleireiros, entre outros. Não precisa nem vir aqui, basta nos possibilitar fazer o encaminhamento”, ressalta Rutineia.

Impactos da pandemia

Assim como boa parte do País, a Acofam também sofreu com os impactos causados pela pandemia. Rutineia conta que no início o número de doações até aumentou, contudo, essa realidade foi se modificando ao longo do tempo.

“Hoje, quem doava pede ajuda. Temos histórias de pessoas que doavam 10 cestas básicas por mês e hoje pedem uma. É muito triste, porque às vezes não temos”, lamenta.

Algumas ações, como o Projeto Cegonha, que auxilia futuras mães, precisaram ser interrompidas. Se antes eram sete aulas em sete semanas, atualmente só ocorrem algumas palestras. Além dele, outras atividades foram remodeladas e estão voltando aos poucos.

“Nosso principal objetivo é cuidar da família, então, como acredito que ela começa com as grávidas, nosso foco são as mães”, pontua o presidente, que ressalta. “Nós precisamos de tudo, então, o que vier, saberemos aplicar com sabedoria”.

Projeto Eu Posso!

Voluntária da Acofam desde agosto de 2020, a neuropsicopedagoga Débora Regina Piovezan, de 48 anos, tem uma história pessoal que a levou a encabeçar o projeto “Eu Posso”. A iniciativa, que atualmente atende 12 crianças, tem como objetivo ajudar aquelas que possuam dificuldades de aprendizagem.

“Para quem vive uma situação financeira difícil, é quase impossível conseguir proporcionar aos filhos o que nós conseguimos aqui. Pena não termos mais profissionais envolvidos, pois acredito que uma andorinha sozinha não faz verão”, comenta a profissional, que aos 36 anos descobriu sua dislexia.

“Vim de uma família muito humilde e estudei com muito sacrifício. Quando descobri ser disléxica, vi o quanto era caro fechar um laudo, então, não tem dinheiro que pague saber que uma criança conseguiu aprender e futuramente será capaz de prosseguir seus estudos. Hoje, a criança que não tem a possibilidade de estudar e aprender, com certeza está com o futuro comprometido. Por essa razão, comecei a me voluntariar”, conta.

Além da neuropedagoga, o projeto “Eu Posso” conta com psicóloga, psicanalista, professor, brinquedoteca, com o principal objetivo de possibilitar a evolução mental, psicológico, social e físico da criança por meio do lúdico, todos de forma voluntária.

Sendo assim, quem desejar de alguma maneira colaborar com os projetos, voluntariado ou doações, entre em contato pelo número (19) 99599-4777, com a assistente social Rutineia.

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