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Notícias que inspiram

A esperança em formato de livros

Família do Cidade Jardim montou uma árvore de livros: os “frutos” podem ser “colhidos” por quem quiser, quantas vezes sentir vontade

Por Jucimara Lima

08 de novembro de 2021, às 07h16

“Sempre gostei de ler, e a leitura é assim. Quando a gente começa, até nem gosta tanto, mas com o tempo vai virando amante do saber. Acredito que quem lê só tem a se beneficiar”, diz Maria de Lourdes - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG

Quem passa pela Rua dos Salgueiros, 1066, no Cidade Jardim, em Americana, de longe avista uma árvore repleta de livros. Como se fossem frutos, as publicações em sua maioria da Editora Árvore da Vida – por sinal, uma bela coincidência – podem ser “colhidas” e levadas para casa para nutrir o lado psicológico e espiritual.

A proposta de montar uma árvore de livros partiu do casal de missionários Maria de Lourdes Gomes da Silva, de 59 anos, e Antônio Nonato da Silva, de 63, ação que engajou toda família, formada por três filhos, três netos, dois genros e uma nora.

Atuando há 28 anos como missionários, eles fazem parte do projeto “Orando pelas pessoas”, que como o próprio nome diz, tem como objetivo levar conforto espiritual para quem aceita ou busca.

“Antes, nós íamos às ruas, nas casas das pessoas e em vários outros lugares. Contudo, com a pandemia, não podíamos mais fazer isso, então decidimos criar a árvore para continuar ajudando quem precisa”, comenta Maria.

Montada desde janeiro desse ano, mais de 350 livros já foram “colhidos” na árvore, algo que a família atribui ao fato de muita gente estar passando por dificuldades em lidar com os impactos psicológicos que todos temos enfrentado no mundo atual. “As pessoas estão mais ansiosas, depressivas, algumas até pensando em suicídio, então, a palavra de Deus pode ajudar nesse sentido”, reflete a matriarca.

Os livros oferecidos gratuitamente, em sua grande maioria, são frutos de doações e, segundo a família, os resultados alcançados com a ação têm sido muito positivos. “As pessoas ficam gratas, sentem amparo e conforto. Já teve até casos de gente de longe que veio para pegar”, ressalta a missionária.

Montada desde janeiro desse ano, mais de 350 livros já foram “colhidos” na árvore – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

Simples, porém efetiva, a ação, como a própria família já afirmou, impacta a vida de quem participa. Para exemplificar, Maria relata dois casos de pessoas que encontraram na iniciativa uma maneira de renovar as esperanças. O primeiro caso é o de uma mulher que estava depressiva e recém-separada. O outro, de um entregador de gás que descobriu a árvore de livros e toda semana passa para “colher” uma nova leitura. “Essas pessoas estão tendo uma vida renovada, tudo a partir de um livro que elas pegaram aqui na nossa árvore”, comemora.

O motorista Cristian Anderson, de 44 anos, genro da missionária, avalia que um livro pode alcançar até sete pessoas, algo que com o tempo se multiplica e se torna até difícil de mensurar. “Um vai passando para o outro, então, é muita gente impactada”. Por fim, mesmo com a flexibilização das medidas contra a Covid-19, a família garante que a árvore continua. “A ideia é deixá-la aí dando lindos frutos”, finalizam.

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